Taxa é a mais alta para agosto desde 2007, quando havia subido 0,47%.
Avanço de preços de alimentos e bebidas perdeu força no mês.
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a "inflação
oficial" do país, por ser usada como base para as metas do governo,
desacelerou de 0,43% em julho para 0,41% em agosto, conforme divulgou,
nesta quarta-feira (5), o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A taxa é a mais alta para o mês de agosto desde
2007, quando havia subido 0,47%.
No acumulado no ano, o índice ficou em 3,18% - abaixo da taxa de 4,42%
verificada no mesmo período do ano passado. Já em 12 meses, o IPCA
acumula alta de 5,24% - superior à variação de 5,20% registrada nos 12
meses anteriores. Em agosto do ano anterior, o índice ficara em 0,37%.
As previsões do mercado financeiro para a inflação em 2012 têm subido
nas últimas semanas, segundo o boletim Focus, do Banco Central. A pesquisa mais recente apontou uma projeção de 5,19%.
O grupo de despesas com alimentação e bebidas mostrou desaceleração da
alta de preços, de 0,91% em julho para 0,88% em agosto. Porém, ainda
assim, apresentou a maior variação entre os tipos de gastos pesquisados
pelo IBGE.
O preço do tomate, considerado o vilão da inflação dos alimentos segue
subindo, mas num ritmo menor - depois de aumentar 50,33% em julho,
desacelerou para 18,96% no mês seguinte. Ainda assim, segundo o IBGE,
continua sendo o líder dos impactos individuais sobre a taxa.
As altas também vieram dos grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,36%
para 0,53%) - pressionados pelos remédios e pelos artigos de higiene
pessoal -, educação (de 0,12% para 0,51%) - refletindo os preços
praticados no segundo semestre do ano letivo - e artigos de residência
(de - 0,01% para 0,40%) - devido aos itens mobiliário e
eletrodomésticos.
Seguiu o mesmo comportamento a variação de preços de artigos de
vestuário (de 0,04% para 0,19%), "com o início da comercialização dos
produtos da nova estação", e transportes (de - 0,03% para 0,06%), com
influência das tarifas dos ônibus urbanos (de 0,17% para 0,46%).
O ritmo de alta perdeu força nos grupos despesas pessoais (de 0,91%
para 0,42%) - influenciado pela variação de empregados domésticos (de
1,37% para 1,11%) -, habitação (de 0,54% para 0,22%), com destaque para a
desaceleração de aluguel residencial (de 1,16% para 0,43%) e energia
elétrica (de 0,04% para –0,83%) - e comunicação (de 0,15% para –0,01%).
Inflação pelo BrasilEntre os índices regionais, o maior foi visto em Belém (0,72%) e os menores em São Paulo e Goiânia (ambos com 0,31%).
INPCNesta quarta-feira, também foi conhecido o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acelerou de 0,43% em
julho para 0,45% em agosto. No ano, acumula alta de 3,46% e, em 12
meses, de 5,39%. Em agosto de 2011, o INPC ficou em 0,42%.
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