Empresário desenvolveu produto com ajuda do Sebrae. 
Previsão é faturar R$ 500 mil já no próximo ano. 
 A tradicional garapa, ou caldo de cana, já pode ser levada para casa 
engarrafada. O produto foi lançado por um empresário em Alumínio, no 
interior de São Paulo. Rafael Luques teve a ideia e fez pesquisas até no
 exterior.
 “O que nós encontramos lá fora foi um produto com 10% ou 15% de suco 
natural e restante com mistura de água, conservantes, saborizantes.O 
nosso produto não. É completamente 100% natural e sem nenhum tipo de 
conservante. É o puro caldo de cana que sai do garapeiro numa garrafinha
 pra sua casa”, conta Luques.
 O empresário investiu R$ 100 mil desde os primeiros testes em 
laboratório, até a aprovação final do produto. Para abrir o negócio, ele
 recorreu ao Sebrae, onde recebeu consultoria jurídica e orientações 
sobre o planejamento da fábrica e gestão da empresa.
 “Ele acabou passando por uma consultoria jurídica, para que a gente 
pudesse ajudá-lo na questão do registro de produto e estabelecimento. 
Nesse momento entrou a consultoria de agronegócio, por se tratar de um 
registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, 
conta Luiz Petreca, do Sebrae de Sorocaba/SP
 A cana é lavada com água e cloro. Depois, vai para a moagem, onde o 
líquido é extraído do modo tradicional. A pequena máquina produz até 400
 litros do caldo por hora. Sustentabilidade é a palavra chave na 
indústria: o bagaço abastece a caldeira que aquece a água da fábrica.
 O maior desafio foi aumentar a durabilidade do produto. O processo de 
produção foi desenvolvido em um ano com ajuda do Instituto de Tecnologia
 de Alimentos (Ital) Rafael não revela o segredo. A fabricação do suco 
começa pelo controle do teor de açúcar.
 O caldo da cana é processado e colocado em garrafas de vidro de 300 ml.
 As embalagens passam pelo processo de pasteurização, onde o produto é 
aquecido para eliminar microorganismos e resfriado logo em seguida.
 O lote passa por um rigoroso controle de qualidade: nenhum resíduo da 
cana é permitido. Hoje, a fábrica produz 100 mil garrafas por mês, mas 
tem capacidade para até 1 milhão.
 “Atualmente, a gente está faturando aí em torno de R$ 100, R$ 150 mil 
por mês. A expectativa aí é a gente faturar, já para o ano que vem, R$ 
500 mil”, diz Rafael.
 Depois que as embalagens são conferidas uma a uma, as garrafas irão 
receber os rótulos e depois o caldo de cana estará pronto para ser 
vendido. E o fabricante afirma que o produto pode ser consumido em até 6
 meses sem qualquer refrigeração.
 Para consolidar o negócio, o objetivo da empresa é melhorar o 
gerenciamento e buscar novos mercados. “Ele vai ser inserido, a partir 
de janeiro, em um programa de gestão da qualidade, no qual a gente vai 
acompanhar todo o processo de qualidade de gestão, qualidade de processo
 e produto, e a qualidade de relacionamento com o cliente já visando o 
mercado”, diz Petreca, do Sebrae.
 Na pastelaria
O suco de cana 100% natural é vendido na pastelaria de Maurício Télo, em Sorocaba. A combinação do caldo de cana com o pastel é perfeita. Ele diz que a garapa de garrafa traz mais praticidade ao negócio. Na pastelaria, a garrafinha custa R$ 3,90.
O suco de cana 100% natural é vendido na pastelaria de Maurício Télo, em Sorocaba. A combinação do caldo de cana com o pastel é perfeita. Ele diz que a garapa de garrafa traz mais praticidade ao negócio. Na pastelaria, a garrafinha custa R$ 3,90.
 “Eu tinha uma máquina de caldo de cana na pastelaria que demandava um 
funcionário só para moer a cana, e a gente tinha que ter um reservatório
 especial, refrigerado pra guardar as canas que a gente já comprava 
beneficiada. Era um trabalho que no final não valia a pena, não 
compensava porque o caldo de cana engarrafado é o mesmo sabor, só que 
mais prático”, diz Télo.
 
 
 
 
 
 
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