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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dólar sobe e atinge maior cotação de fechamento desde julho de 2010

Moeda norte-americana avançou 0,80%, a R$ 1,7908 na venda.
Este é o maior patamar de fechamento desde 1º de julho de 2010.

Do G1, com informações da Reuters
 Depois de avançar mais de 2% na véspera, o dólar comercial voltou a subir nesta terça-feira (20), na terceira alta seguida. A cotação da moeda norte-americana avançou 0,80%, a R$ 1,7908 na venda.

Este é o maior nível de fechamento desde o dia 1º de julho do ano passado, quando o dólar fechou vendido a R$ 1,796.
(Veja no vídeo da Globo News ao lado: economista comenta os efeitos da alta do dólar)
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) refletiu o dia de pessimismo nos mercados e fechou em baixa de mais de 1%.
Só nos dois pregões desta semana, o dólar já acumula alta de 3,39%. Em setembro, a valorização da moeda está em 12,45%.
Ao longo do ano, a divisa - cuja cotação chegou a cair mais de 7% em 2011 - agora sobe 7,49% no período.
A puxada do dólar foi, em parte, reflexo de um repique da moeda norte-americana no fim da tarde de segunda-feira, quando o mercado à vista já estava fechado mas o futuro ainda realizava seus ajustes finais, terminando o pregão acima de R$ 1,80. Nesta terça, o contrato futuro de maior volume caía cerca de 0,7%.
A principal preocupação dos investidores é com a crise da dívida na Europa, onde se teme um calote da Grécia. No fim da tarde, o mercado mostrou ainda cautela com a reunião de política monetária dos Estados Unidos, que termina na quarta-feira e na qual o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode anunciar novas medidas de estímulo ao crescimento.
Fatores locais também têm contribuído para a valorização do dólar, como a perspectiva de juros menores nos próximos meses e o desconforto de alguns investidores com medidas recentes do governo, como a cobrança de um imposto sobre derivativos.
Mas alguns profissionais de mercado citam que os fundamentos do câmbio brasileiro, com fluxo ainda positivo de dólares, torna possível uma queda do dólar em breve.
"No curtíssimo prazo, acreditamos que a recente desvalorização do real tenha sido grande demais", escreveu a estrategista de câmbio do HSBC, Marjorie Hernandez. "Vemos o dólar terminando o ano a R$ 1,65."
Na opinião do diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, não há "fundamentos críveis" para a alta expressiva do dólar, que pode ter novos surtos de valorização antes de voltar a níveis entre R$ 1,60 e R$ 1,65.
O fluxo de capitais ainda positivo e o nível relativamente baixo da taxa de câmbio em relação a 2008/2009 ainda pesam contra uma intervenção do Banco Central (BC) a favor da queda do dólar, avaliam agentes de mercado.
A taxa Ptax , calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a R$ 1,7870 para venda, em alta de 0,60% ante segunda-feira

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