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domingo, 25 de setembro de 2011

Escolas lucram com aulas de inglês e natação para bebês

No berçário, crianças têm atividades normais, mas ouvem em inglês.
Na escola de natação, uma das aulas mais frequentadas é a dos bebês.

Do PEGN TV
Uma escola bilíngue que investe no bom momento do mercado infantil no Brasil propõe um curso de inglês para bebês.
Aprender inglês, a partir dos cinco meses de idade, parece estranho. Mas na escola, que fica em São Paulo, boa parte do que os bebês ouvem é em inglês. Eles ficam em período integral e as atividades são parecidas com as de outros berçários.

Juliana Bacini matriculou recentemente a filha Jaqueline, de 6 meses. “Eu acho que entrando na cabecinha dela desde pequenininha (...) vai ser mais fácil de ela conviver”, diz a mãe.
Crianças de outras idades também frequentam a escola. Em todas as atividades, elas têm contato com o inglês.

Alfabetizar as crianças em outro idioma, além do português, pode parecer um processo confuso para muita gente. Mas, na verdade, especialistas acreditam que é uma forma de desenvolver o cérebro da turminha, estimulando a criatividade e o raciocínio mais rápido.
Para a médica neurologista, Denise Menezes, se uma criança tiver qualquer deficiência neurológica, não é recomendável o contato com uma língua estrangeira tão cedo. Caso contrário, não há problema. “Quando uma criança logo cedo é exposta a uma língua, ela adquire essa língua. Até os cinco anos de idade, nós dizemos que ela adquire essa língua. Ela não aprende a língua. O processo de criação de linguagem dentro do cérebro é diferente do que o que ocorre com o adulto que tá aprendendo uma língua. A forma de aprender é diferente”, explica.
Para a empresária Andressa Lutiano, que montou a escola em 2008, o método vai além do aprendizado da língua. “Facilita não só na questão de língua, depois até para eles aprenderem outras línguas, mas também com raciocínio lógico matemático. O cérebro se expande em termos de opções”, afirma.
O pai de Victor, de 5 anos, acredita que essa é uma oportunidade que trará vantagens ao filho. “A exposição de seis, sete horas por dia, absorvendo todos os dias aqueles pequenos conceitos, aqueles termos todos, faz uma diferença enorme”
A empresária Andressa Lutiano investiu R$ 400 mil para montar o negócio. Hoje, quase cem alunos frequentam a escola. A mensalidade varia de R$ 850 a R$ 1.500. E o faturamento chega a R$ 110 mil por mês.
Natação
Uma escola de natação também aproveita o bom momento do mercado infantil. Os empresários e irmãos Wally e Wilson Girotti abriram o espaço há 20 anos, em São Paulo. “Inicialmente, eu comecei com a piscina grande e uma pequena com dois vestiários pequenos, mas meu mercado sempre eram as crianças”.
Hoje, a escola tem 1.500 alunos e o destaque são as crianças: mais de 600 estão matriculadas. E uma das aulas mais frequentadas é a dos bêbes. As aulas de natação são indicadas para bebês a partir dos seis meses. A atividade, além de ser um bom exercício físico, ainda ajuda a fortalecer a saúde das crianças.
Sempre acompanhados dos pais, os pequeninos aprendem a mergulhar. O exercício é para eles terem a noção de como pular da borda da piscina. “Uma proposta lúdica baseada nos princípios da psicomotricidade que visa não só adequar a água, mas como trabalhar a afetividade e o autossalvamento do bebê”, diz a professora Mari Ferreira. A turma faz aulas duas vezes por semana.
Os preços das aulas de natação variam de acordo com o plano escolhido. Em média, custam R$ 200 por mês. Para Carolina Turri, mãe da Manoela, de um ano e meio, é um investimento que vale a pena. “Ela está aqui desde os seis meses. E eu já percebo diferença no crescimento, no desenvolvimento dela e de outras crianças”, afirma.
O faturamento mensal da escola, em média, é de R$ 200 mil. Para a empresária Wally Girotti, o bom atendimento e o carinho com as crianças fidelizam a clientela. “O mercado é garantido porque o irmão traz, o bebê é pequeno, depois ele volta, ele continua, ele sai quando bebê, volta com os três anos, volta com cinco, até ele aprender os cinco estilos que é o necessário para a sobrevivência na água”, diz a empresária.

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