Presidente e ex-presidente participaram da abertura do Congresso do PT.
Lula disse que 8 meses são pouco para quem vai 'governar por 8 anos'. 
Dilma ao lado do ex-ministro José Dirceu, do
ex-presidente Lula e do presidente do PT, Rui
Falcão, no congresso do partido (Foto: Ed Ferreira /
Agência Estado)
ex-presidente Lula e do presidente do PT, Rui
Falcão, no congresso do partido (Foto: Ed Ferreira /
Agência Estado)
 	A presidente da República Dilma Rousseff  disse nesta sexta-feira (2), em discurso na abertura do 4º Congresso  Nacional do PT, que o legado recebido por ela ao suceder o ex-presidente  Luiz Inácio Lula da Silva não é apenas uma herança porque ela, como  ex-ministra, participou da construção de programas e das bases do  governo que comanda atualmente.
 	“Uma herança é pouco. É como se fossem aquelas camadas que fundamentam o  solo que garante que as pedras tenham vários graus de solidez. Estou  firmada numa pedra muito sólida, que é a experiência de oito anos de um  governo que tive a honra de participar. Não é herança porque eu ajudei a  construir essa pedra. Eu estava lá quando ela foi construída. Os erros e  acertos dela são meus erros e acertos”, disse a presidente.
 	Segundo Dilma, o "legado" dos oito anos de Lula é uma "responsabilidade" que o atual governo carrega.
 	"Nós tivemos uma oportunidade histórica e, no quadro da democracia, nós  mudamos a lógica de crescimento do país. Este país tem a força que tem  porque temos essa herança, esse legado que não é legado só dos oito anos  de governo do presidente Lula, mas é uma responsabilidade que o nosso  governo carrega todos os dias".
 	saiba mais 	
 	Dilma participou ao lado de Lula da abertura do Congresso Nacional do  PT. Antes do discurso, a presidente citou o ex-presidente do PT e  ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em nome de quem cumprimentou  todos os ex-comandantes da legenda.
 	Antes de Dilma, Lula discursou  e disse que oito meses é um período muito curto para avaliar quem irá  governar por oito anos, em alusão a uma eventual reeleição de Dilma.
 	A presidente rebateu críticas da oposição sobre sua suposta dificuldade  para o jogo político. Segundo Dilma, “por falta de projeto”, a oposição  recorre a esse tipo de atitude na tentativa de separá-la do  ex-presidente Lula.
 	“Especulam muito sobre minha suposta inapetência política. Dizem que eu  sempre fui uma gerente tecnocrata despreparada para o exercício da  Presidência. Eles esquecem um fato: que eu tenho muito orgulho de ter  [feito política], quando era muito difícil de fazer política no Brasil  porque dava cadeia ou morte. Eu tenho orgulho de ter feito política no  Brasil”, afirmou a presidente.
 	Comissão da Verdade
A presidente afirmou que o governo irá constituir a chamada "Comissão da Verdade", para investigar casos de desaparecidos políticos no regime militar.
A presidente afirmou que o governo irá constituir a chamada "Comissão da Verdade", para investigar casos de desaparecidos políticos no regime militar.
 	"Nós iremos fazer a Comissão da Verdade,não há a menor dúvida disso. Na  área de direitos humanos, eu vou ser bastante firme. Eu devo isso às  gerações passadas, às presentes e às futuras."
 	Corrupção
Dilma disse que o governo não pode ter como meta o combate à corrupção porque, segundo ela, isso é uma ação permanente.
Dilma disse que o governo não pode ter como meta o combate à corrupção porque, segundo ela, isso é uma ação permanente.
 	"Eu acredito na Justiça. Acredito que não se faz nem com caça às  bruxas, nem com colocação de pessoas à execração pública. [...] Essas  ações espetaculares geralmente expõem as pessoas e acabam com a  presunção da inocência. O combate à corrupção nunca acaba, é permanente.  Ninguém pode julgar que o governo pode ter uma meta dessas."
 	Ao final do discurso, Dilma se dirigiu à militância petista e defendeu a  paridade entre homens e mulheres e a maior participação dos jovens no  partido.
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