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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Feriado na Copa é 'péssimo' e 'vai maquiar problemas', diz Romário

Apesar de críticas, ex-jogador e deputado afirma que lei é 'interessante'.
Governo enviou ao Congresso na segunda-feira (19) a Lei Geral da Copa.

Andréia Sadi Do G1, em Brasília
O deputado Romário (PSB-RJ) durante sessão para homenagear equipe brasileira que participou dos V Jogos Mundiais Militares (Foto: Andreia Sadi / G1) 
O deputado Romário (PSB-RJ) durante sessão
para homenagear equipe brasileira que participou
dos V Jogos Mundiais Militares (Foto: Andreia Sadi
/ G1)

O deputado federal e ex-jogador Romário (PSB-RJ) criticou nesta terça-feira (20) a autorização para que se decrete feriados em dias de jogos da Copa de 2014 no Brasil, como consta no projeto que cria a Lei Geral da Copa, enviado ao Congresso nesta segunda.
"O feriado é péssimo. Volto a falar, o feriado pode vir a ser um motivo – como algumas obras não vão ser terminadas como devem ser – feriado vai maquiar um pouco a falta dessas obras que terão de ser feitas 100% e maquiar problemas que vamos ter durante a Copa do Mundo. Alguns, não, muitos", afirmou o deputado.
Na segunda, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, chegou a sugerir que, caso algumas obras de infraestrutura não fiquem prontas a tempo para a Copa, seja decretado feriado para não prejudicar o trânsito e a mobilidade urbana nas cidades.
Para Romário, a Copa do Mundo de 2014 terá "muitos problemas", principalmente no setor de mobilidade urbana e infraestrutura, mas ele diz torcer para que as obras em estádios de cidades-sede estejam prontos para os jogos.
O projeto que cria a Lei Geral da Copa, enviado nesta segunda pelo Executivo ao Congresso, autoriza que o governo federal, estados e municípios decretem feriado em dia de quaisquer jogos da Copa de 2014 no Brasil.
VantagensRomário diz, porém, acreditar que a Lei Geral da Copa tem "mais vantagens" que problemas. "É uma lei interessante, mas peca em algumas coisas. Eu vou colocar algumas emendas, principalmente em relação a pessoas com deficiência, acessibilidade e preço de ingressos. Porque, na minha concepção, se temos a oportunidade de fazermos a Copa de novo no Brasil, precisamos fazer para o povo brasileiro. Não apenas para as classe A, B e C", defendeu.
Romário afirmou que a Fifa precisa ser chamada a baratear os preços. "A Copa vai ser do Brasil, mas não vai ser do brasileiro. As classes C, D e E, que até morrem pelos seus clubes, torcem de paixão e estão, após 1950, aguardando a oportunidade de ver os jogos, não vão ter a oportunidade. Porque, segundo alguns dados, os ingressos vão chegar a R$ 120, R$ 150. A Fifa deveria ter responsabilidade para baratear os ingressos", criticou.

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