Com escolas em reforma, muitos alunos só vão voltar às aulas em maio.
Estado ainda tem problemas de evasão escolar e déficit de professores.
Móveis
da Escola Estadual Eduardo da Mota Trigueiros, em Maceió, foram
amontoados na quadra porque escola passa por reformas após receber
intervenção do governo estadual (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
Enquanto em quase todo o país os estudantes já iniciaram o ano letivo de 2012, em Alagoas
a educação está atrasada. Boa parte dos estudantes terminou as aulas de
2011 na última quarta-feira (28). Das 328 escolas públicas, 163 estão
em reforma. O ano de 2012 ainda não começou em 127 escolas alagoanas, ou
38% do total. Em 17 delas, as atividades só vão começar no mês de maio.
O atraso no ano letivo é apenas um dos problemas que o estado enfrenta
com a educação. Alagoas ainda sente o golpe recebido há dois anos,
quando a rede pública de ensino do estado recebeu a pior colocação na
última divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
do Brasil, obtido com base em dados avaliados em 2009.
A taxa de evasão escolar chegou a 25%, mais da metade dos alunos do
ensino médio não estudam na série ideal de acordo com sua idade, e o
governo encontrou um déficit de 2 mil professores para dar aulas na rede
pública.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, são 8.412 professores
efetivos no estado, o resto do corpo docente é formado por mais de 2 mil
monitores (professores temporários) para suprir a carência no quadro de
educadores. De acordo com o governo, o piso salarial dos professores em
regime de 40 horas semanais é de R$ 1.187.
Para piorar, a estrutura de muitas escolas começou literalmente a ruir.
Em agosto, o teto da Escola Estadual Rosalvo Lôbo, que fica no bairro
de Jatiúca, em Maceió
(AL), desabou, com sua estrutura comprometida por ação de cupins.
Ninguém se feriu porque as aulas tinham sido suspensas depois que uma
aluna e um vigia foram baleados por um rapaz que entrou atirando na
escola. O segurança morreu.
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