Na sexta, moeda teve 'alívio' na alta
e caiu 0,36%.
Por G1
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (9), em dia de forte tensão
nos mercados por conta do tombo nos preços do petróleo e ainda
marcado pelas tensões com o avanço do coronavírus. No início da manhã,
o Banco Central cancelou o leilão de até US$ 1 bilhão em swaps previsto, e
aumentou a oferta anunciando outro leilão do mesmo tipo, mas com oferta de até
US$ 3 bilhões.
Às 9h55, a moeda norte-americana tinha alta de 2,38%, a R$ 4,7444. Na
máxima até o momento, a moeda chegou a R$ 4,7921. Veja
mais cotações.
Na sexta-feira, a moeda teve um pequeno alívio após 12 altas seguidas, e
fechou em queda de 0,36%, a R$ 4,6343, numa sessão marcada por volatilidade e
nova intervenção do Banco Central. Na semana, o dólar acumulou alta de 3,42%.
No ano, já subiu 15,57%.
Tombo nos preços do petróleo
Os preços dos contratos do petróleo recuavam ao redor de 20% nesta
segunda-feira, depois que a Arábia Saudita cortou o valor de venda do barril e
indicou o início de uma guerra de preços entre os grandes produtores.
Na abertura dos negócios no mercado asiático, ainda no noite de domingo
(horário de Brasília). O preço do petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%,
no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).
A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações
entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) e a Rússia sobre o volume da produção da commodity.
A Rússia se opôs ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilizar os
preços do petróleo em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia
global e afeta a demanda por energia.
"O avanço do coronavírus trouxe pânico para o mercado de
petróleo", diz o sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura
(CBIE), Adriano Pires. "O preço do petróleo nesse patamar deve provocar um
estrago nas economias. O tamanho desse estrago vai depender de por quanto tempo
os preços ficarão nesse patamar."
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Novo coronavírus e 'guerra do petróleo' derrubam mercados pelo mundo
nesta segunda (9)
Ação do BC
O Banco Central realizou nesta segunda-feira leilão de venda à vista de
até US$ 3 bilhões, cancelando o anúncio de venda de até US$ 1 bilhão feito na
sexta-feira. A decisão pelo aumento do volume leiloado se deu por
"condições do mercado", de acordo com a assessoria de imprensa do BC.
O BC decidiu ampliar o uso das ferramentas de intervenção no mercado de
câmbio, após a venda de US$ 5 bilhões em swaps cambiais não ter impedido o
dólar de bater recordes seguidos em meio à crescente desconfiança do mercado com
a postura da autoridade monetária diante da pressão cambial.
Desde 20 de dezembro do ano passado o BC não realizava esse tipo de
operação – retomada em agosto de 2019 e que há uma década não era utilizada.
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