Senador é réu por corrupção, lavagem
de dinheiro e organização criminosa. Collor é acusado de receber mais de R$ 30
milhões em negócios da BR Distribuidora. Defesa diz que não há provas.
Por Luiz Felipe Barbiéri, G1 —
Brasília
O senador Fernando Collor (Pros-AL) durante discurso no plenário do
Senado no início deste mês — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
O ex-presidente da República e senador Fernando Collor (Pros-AL)
foi interrogado na manhã desta quarta-feira (13) no Supremo Tribunal Federal (STF),
em ação penal da Operação Lava Jato. Ele réu por corrupção, lavagem de dinheiro
e organização criminosa no processo.
Collor é acusado de receber mais de R$ 30 milhões em propina por
negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de
combustíveis. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ele
pediu e recebeu o dinheiro entre 2010 e 2014 em três negócios envolvendo a
subsidiária, que tinha dois diretores indicados pelo senador.
A defesa de Collor afirma que a denúncia não traz provas concretas de
que o senador recebeu o dinheiro de propina. Além disso, questiona que
contrapartida o senador teria dado para viabilizar os negócios da BR.
A Segunda Turma do STF aceitou a
denúncia, por unanimidade, em agosto de 2017. Ao final do
processo, o senador poderá ser condenado ou absolvido em julgamento na Corte.
Responde como réu na mesma ação Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do
governo Collor e considerado operador do ex-presidente em diversos negócios.
Leoni Ramos também será interrogado nesta quarta. Luís Pereira Duarte de
Amorim, diretor da Gazeta de Alagoas, apontado como testa de ferro e recebedor
de propina para Collor, também é réu no processo e será ouvido em 18 de
fevereiro.
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