Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao chegar no plenário da Casa |
O acordo costurado entre o Senado e o STF (Supremo Tribunal Federal) para contornar a grave crise política e manter Renan Calheiros na presidência da Casa pode já ter cinco votos na corte.
Ele prevê que o ministro Dias Toffoli apresente voto dizendo que o senador não poderia assumir a Presidência na ausência de Michel Temer, por ser réu. Por outro lado, essa condição não o impediria de permanecer no cargo em que está.
Celso de Mello, o decano do STF, pode dizer, logo no início da sessão desta quarta (7), que já decidiu nesse sentido na sessão em que se discutiu se um político que é réu poderia permanecer num cargo que está na linha sucessória da Presidência da República, como é o caso da presidência do Senado.
Além dele, poderiam seguir Dias Toffoli os ministros Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, Teori Zavaski e até a presidente do tribunal, Cármen Lúcia.
Com isso já estaria formada maioria dos presentes –Gilmar Mendes não estará na sessão e Luis Roberto Barroso já se declarou impedido de votar pois um dos advogados da causa já trabalhou com ele.
De acordo com um ministro com quem a Folha conversou, há toda uma manhã pela frente de negociações e nada está assegurado.
Mas esse é um dos caminhos traçados para tentar driblar a confusão criada com a liminar do ministro Marco Aurélio Mello, que determina o afastamentoimediato de Renan.
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