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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Abstenção no Enem 2016 foi de 30% e 768 candidatos foram eliminados

De acordo com o Inep, 8.356.215 candidatos participaram do exame.

Provas aconteceram no sábado e domingo em todo o país.


Fernanda Calgaro e Gabriel Luiz
Do G1, em Brasília, e do G1 DF
Ministro da Educação, Mendonça Filho, com representantes do Inep e da Polícia Federal, durante coletiva sobre o Enem 2016, em Brasília (Foto: Gabriel Luiz/G1)Ministro da Educação, Mendonça Filho, com representantes do Inep e da Polícia Federal, durante entrevista coletiva sobre o resultado do Enem 2016, em Brasília (Foto: Gabriel Luiz/G1)
O Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), informou neste domingo (6) que 5.848.619 candidatos fizeram as provas nos dois dias de exame, aplicado neste final de semana. A abstenção, ainda de acordo com o Inep, foi de 30%. Já 768 candidatos foram eliminados por irregularidades.
Nesta edição, 11 pessoas foram presas pela Polícia Federal em pelo menos oito estados por suspeita de fraude no exame. Todos usavam escuta eletrônica, e seis foram detidas em flagrante, segundo o delegado Franco Perazzoni. 
A abstenção deste ano de 30% foi 2,4 maior do que a do ano passado, mas seguiu a média da série histórica do exame. Em 2014, a abstenção foi 28,9%; em 2013, 29,7%; em 2012, 27,9%. Já em 2011, 26,4% dos candidatos deixaram de fazer o exame; já em 2010, o índice foi 28,8% e em 2009, 27,7%.
Entre os candidatos eliminados, 641 foram por “descumprimento de regras gerais”. Entre os motivos estão descumprimento da regra que exige uso de caneta transparente ou atraso. O uso de detector de metais eliminou 120 candidatos. Sete inscritos foram eliminados por se recusar a fazer o teste de biometria.
Em quatro anos de edição, este foi o segundo menor índice de eliminados. O menor foi em 2015, quando 740 estudantes foram proibidos de fazer a prova. O maior foi em 2013, com 1.522 eliminados.
O Enem foi aplicado em 1.607 locais espalhados pelo país. A nota da prova é importante porque é usada como critério de seleção em diversas instituições de ensino superior público.
Prejuízo de 15 milhões
A prova voltará a ser aplicada nos dias 3 e 4 de dezembro para os que estavam inscritos para fazer o exame em uma das 405 escolas ocupadas em protesto contra a proposta de reforma do ensino médio e a PEC que limita o aumento dos gastos públicos. O Ministério da Educação estima um prejuízo de R$ 15 milhões, custo da nova aplicação.
Segundo a presidente do Inep, Maria Inês Fini, o governo vai reutilizar 78 toneladas de papel que deixaram de ser aproveitados neste fim de semana. O MEC, no entanto, ainda não sabe quanto vai conseguir economizar com esta reciclagem.
Sucesso
O ministro da Educação, Mendonça Filho, classificou a realização do Enem como um “sucesso total” e minimizou o impacto das ocupações de escolas.
“Diante do quadro, eu diria que foi um sucesso absoluto o Enem 2016. A gente tinha um ambiente de estudantes em escolas estaduais em diversos fatores, alguns casos envolvendo até a mobilização local envolvendo disputas históricas sindicais. (...) Em algum momento, houve até dúvida sobre o sucesso do Enem, e conseguimos que 97% conseguissem participar de um total de 8,6 milhões de inscritos”, afirmou o ministro em entrevista em Brasília.
Presenças e abstenções
De acordo com o MEC, 8.356.215 candidatos se inscreveram para o exame. Desse total, 5.848.619 fizeram a prova e 2.507.596 não fizeram. O maior número de estudantes presentes foi registrado no Piauí. No estado, 77,29% dos inscritos participaram da prova, que contou com 143.681 presentes.

Do outro lado, o estado do Amazonas foi o que registrou maior número de ausentes: 37,38% dos inscritos deixaram de fazer o exame. Lá, foram 72.576 candidatos faltosos.
Desde 2009, esta é a segunda edição com maior número de candidatos ausentes (30%). A maior abstenção foi registrada em 2009: 37,7%.
Enem de dezembro
O Inep informou que irá divulgar no início da próxima semana os locais de prova dos cerca de 271 mil candidatos que farão o exame nos dias 3 e 4 de dezembro. A prova deixou de ser aplicada em 405 locais por conta de ocupações em protesto à proposta de reforma do ensino médio e à PEC que limita o aumento dos gastos públicos.
O ministro da Educação reconheceu “desconforto” no adiamento da prova para alguns alunos e explicou que, diante das ocupações, decidiu suspender a aplicação naqueles locais por uma questão de segurança. Segundo o ministro, o custo da aplicação em dezembro deverá ficar entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões.

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