CÂMARA DE IBICARAÍ

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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Governador Marcelo Miranda é ouvido pela PF na operação Reis do Gado

Ministro do STJ vai acompanhar depoimento do governador em Palmas.

Seis dos oito mandados de prisão já foram cumpridos pela Polícia Federal.

Do G1 TO
PF cumpre mandados na casa do governador do Tocantins (Foto: Rachel Lemos/TV Anhanguera)
PF cumpre mandados na casa do governador do
Tocantins (Foto: Rachel Lemos/TV Anhanguera)
O governador Marcelo Miranda (PMDB) está na sede da Justiça Federal, em Palmas, para prestar depoimento na operação Reis do Gado. A polícia investiga corrupção e lavagem de dinheiro no Tocantins entre os anos de 2005 e 2012. Além disso, identificou que R$ 200 milhões foram lavados. O ex-governador Siqueira Campos também foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento. O secretário de infraestrutura do estado, Sérgio Leão foi preso preventivamente e está na sede da PF em Palmas.
O ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), está em Palmas para acompanhar o depoimento do governador. Isso porque Marcelo Miranda tem foro privilegiado pelo fato de ser governador.
Seis mandados de prisão já foram cumpridos nesta segunda-feira (28). José Edimar de Brito Miranda Júnior, irmão do governador, está entre os presos, assim como o secretário de infraestrutura Sérgio Leão.
O pai de Marcelo Miranda, Brito Miranda, está na sede da Polícia Federal prestando depoimento. Conforme a PF, todos os bens de Marcelo, Brito e José Edimar foram bloqueados.
A Secretaria de Comunicação do Estado disse que  o governador Marcelo Miranda determinou livre acesso às dependências da sua casa e do Palácio Araguaia. "Até o momento, tanto a Procuradoria Geral do Estado (PGE), quanto o escritório de advocacia, que representa Marcelo Miranda, não tiveram acesso à decisão da Justiça", diz nota enviada.
Solano Donato, advogado da família Miranda, disse que não vai se manifestar neste momento. O G1 ainda tenta contato com Sérgio Leão.
Esquema
Nesta segunda, a PF informou que a lavagem de dinheiro investigada na operação reis do gado foi praticada por meio de recursos adquiridos em contratos firmados desde a primeira gestão de Marcelo Miranda.

A investigação apontou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas com empresas de familiares e pessoas de confiança do governando Marcelo Miranda (PMDB), que teria gerado enorme prejuízo aos cofres públicos. As autoridades identificaram, até o momento, um montante de mais de R$ 200 milhões efetivamente lavados.
A ocultação do dinheiro desviado ilicitamente era feita por meio de transações imobiliárias fraudulentas, contratos de gaveta e manobras fiscais ilegais dentre os quais a compra de fazendas e de grandes quantidades de gado. Parte do valor teve por destino a formação de caixa dois para campanhas realizadas no Estado.
Entenda
A operação Reis do Gado foi iniciada pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (28) em quatro estados e no Distrito Federal. Ao todo, estão sendo cumpridos 108 mandados expedidos pelo STJ. São oito de prisão temporária, 24 de condução coercitiva e 76 de busca e apreensão nas cidades de Palmas e Araguaína (TO), Goiânia (GO), Brasília (DF), Caraguatatuba (SP), e nos municípios de Canãa dos Carajás, Redenção, Santa Maria, São Felix do Xingu, no Pará.

Seis dos oito mandados de prisão temporária já foram cumpridos. A PF não divulgou os nomes de todos os presos, mas confirmou que o irmão do governador, José Edimar de Brito Miranda Júnior, está entre os detidos.
Durante a manhã, policiais foram até a casa do governador Marcelo Miranda na quadra 404 Sul para cumprir o mandado de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para depor. No entanto, ele não estava na residência. Um chaveiro foi chamado para abrir a porta. A polícia também cumpre mandados na casa do pai e de irmãos de Miranda.
O secretário de infraestrutura, Sérgio Leão, contra quem há um mandado de prisão temporária, foi levado para sede da PF. O ex-governador Siqueira Campos é alvo de um mandado de condução coercitiva e foi levado para a sede da PF.
A assessoria de comunicação de Siqueira disse que ele prestou depoimento nesse processo, no entanto, foi como testemunha e não como investigado. "O ex-governador Siqueira Campos não é investigado na operação Reis do Gado e reitera prosseguir à disposição da Justiça e da Polícia Federal para prestar qualquer esclarecimento sempre que for solicitado.

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