Texto: Arnold Coelho – Foto: Billy
A noite da próxima sexta-feira, 12, promete movimentar o Calçadão Dagmar Pinto, em especial o Cine Ana, que receberá o lançamento do livro Retinose - Entre a Luz e a Escuridão, do escritor ibicaraiense Rosevaldo Oliveira Menezes. O livro carrega o selo Caminhos, da editora Via Litterarum.
Apesar de ter nascido em Almadina, Rosevaldo, ou simplesmente Calango – apelido que adquiriu na infância, jogando bola – se considera cidadão ibicaraiense. É aqui, em Ibicaraí, que ele reside e pretende permanecer até o chamado para o plano superior. Nascido em Almadina, mas criado, crescido, vivido, casado e pai de três filhos, Rosevaldo, que é o terceiro entre oito irmãos, é filho de Raimundo Moraes Menezes (in memoriam) e Marieta Costa de Oliveira. Calango, como gosta de ser chamado e é conhecido por todos, começou cedo a rabiscar e publicar seus textos. Seu primeiro trabalho literário surgiu em 1977, com “O CANUDO”. Em 1984 lançou o livro de poesias CAMINHANDO e fez parte da primeira ANTOLOGIA DOS POETAS IBICARAIENSES, ainda no mesmo ano.
Apesar de trabalhar e fazer de tudo um pouco, pois já foi funcionário público, comerciante e pequeno empresário, a verdadeira paixão sempre foi à leitura e a escrita de uma forma escrachada e bem humorada. Calango só não contava pra ninguém o problema que sempre o acompanhou desde os 9 anos e o segue pela ‘estrada da vida’: a Retinose Pigmentar. Doença pouco conhecida que de forma gradativa vai roubando, no sentido literal da palavra, o campo de visão da pessoa.
O que para muitos seria o fim, para Calango foi o começo de uma nova vida, cheia de limitações visuais, mas rica no sentido de aproveitar uma simples claridade ou um belo pôr ou nascer do sol. O problema é sério, e consome a cada ano a visão desse homem simples nas atitudes diárias e grandioso no atual projeto de vida, que visa informar e difundir esse problema que ainda não tem solução ou cura e já consumiu mais de 90% da sua visão.
Calango resolveu contar a história de sua vida de uma forma alegre, transformando momentos (que tinham o roteiro para drama ou tragédia) em passagens hilariantes e ao mesmo tempo falando dessa doença pouco conhecida e que é retratada nesse livro de 152 páginas. É um daqueles livros que você senta, abre e simplesmente lê, se emocionando e acreditando que é possível ter sempre uma luz no fim de toda ou qualquer escuridão.
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