Osmar Stuart Bertoldi (DEM) tinha mandado de prisão preventiva em aberto.
Na denúncia constam cinco crimes, entre eles cárcere privado da ex-noiva.
Osmar Stuart Bertoldi (DEM), ex-deputado estadual do Paraná e suplente de deputado federal, foi preso por volta das 22h desta quarta-feira (24) no Centro de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. Segundo a Polícia Militar, ele era procurado pela Justiça desde 1º de dezembro de 2015 por ao menos cinco crimes, entre eles, estupro e cárcere privado da ex-noiva.
Conforme a Polícia Militar, Bertoldi foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) depois que a ex companheira relatou uma série de agressões, como mantê-la em cárcere privado, com a ajuda de três funcionários, durante cinco dias, em agosto de 2015. Além disso, ele teria oferecido uma quantia milionária para que a mulher não o denunciasse à Justiça.
O advogado de Bertoldi, Cláudio Dalledone, confirma que recebeu a denúncia do MP, mas "garante" que o político é "absolutamente inocente". "Meu cliente não tem antecedentes criminais, está recebendo acusações estapafúrdias após um desentendimento com uma namorada porque se recusou em fazer um acordo milionário", disse Dalledone.
Segundo a PM, ele era considerado foragido. Contra ele havia um mandado de prisão preventiva pelos crimes de lesão corporal dolosa, constrangimento ilegal, ameaça, redução a condição análoga à de escravo e estupro.
Prisão em região de classe média
Bertoldi foi preso enquanto caminhava na rua 2800 em Balneário Camboriú, onde fica o apartamento em que estava hospedado em uma região de classe média alta. Conforme a PM, Bertoldi tinha uma rotina de turista na cidade, frequentando bons restaurantes e fazendo compras, até ser reconhecido e denunciado à PM.
“Depois de sete dias de investigação, cruzando informações com a Polícia Federal, ficamos de campana na noite desta quarta e o abordamos. Ele estava sozinho e foi encaminhado ao Presídio de Itajaí de onde deve ser transferido para o sistema prisional do Paraná”, relatou o tenente-coronel Evaldo Hoffman Júnior.
O ex-deputado recebeu voz de prisão para cumprir medidas protetivas aplicadas pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), com base na Lei Maria da Penha e no Código Penal.
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