Ibovespa subiu 0,47%, a 44.544 pontos, após tombo de 3,03% na véspera.
China anunciou nesta terça corte na taxa de juros para estimular economia.
Após fechar no menor nível desde abril de 2009 na véspera, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo fechou a terça-feira (25) no azul, após o anúncio de medidas de estímulo econômico pela China. A bolsa brasileira, no entanto, terminou a sessão longe das máximas do dia, acompanhando a perda de fôlego das bolsas dos Estados Unidos, que acabaram fechando o dia mais uma vez no vermelho.
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O Ibovespa subiu 0,47%, a 44.544 pontos, após tombo de 3,03% na véspera. Veja cotação.
Na máxima da sessão, o índice chegou a subir 2,82%.
Na véspera, o índice de referência do mercado acionário brasileiro recuou à mínima em mais de seis anos, acompanhando um forte movimento global de aversão a risco gerado por preocupações com a economia chinesa.
Já o dólar fechou acima de R$ 3,60 pela primeira vez desde 2003, em alta de 1,10% frente ao real.
Veja o comportamento dos principais índices nesta terça-feira (25):
BOVESPA: alta de 0,47%
DOW JONES: queda de 1,29%
FRANKFURT alta de 4,97%
MILÃO: avanço de 5,86%
PARIS: alta de 4,14%
XANGAI: caiu 7,63%
JAPÃO: recuou 3,96%
HONG KONG: avançou 0,72%
Reação do governo chinês
A reação no ambiente financeiro global nesta sessão, que reverberou na Bovespa, encontrou suporte no corte de juros e das taxas de compulsório pela segunda vez em dois meses pelo banco central chinês.
Na parte da tarde, contudo, Wall Street perdeu força, com os principais índices acionários passando ao terreno negativo próximo do fechamento, conforme temores sobre a China voltaram a pressionar os negócios.
Em nota a clientes, o Bank of America Merrill Lynch avaliou que pode ser necessário muito além das medidas anunciadas pelo BC chinês para segurar os mercados chineses e recomendou a venda em qualquer momento de recuperação.
Para o trader Thiago Montenegro, da Quantitas Asset Management, as preocupações com China vieram para ficar. "Podem até ser relevadas a curto prazo, mas vão estar mais presentes nos balanços de risco dos agentes", disse.
Ao mesmo tempo, o quadro político local segue instável, com a saída do vice-presidente Michel Temer do comando da articulação política do governo adicionando dúvidas sobre a qualidade da relação desgastada entre Executivo e Legislativo.
Destaques do Ibovespa
Marcopolo e Gol lideraram as altas do dia, com valorização de mais de 4%.
Petrobras fechou com as preferenciais em alta de 1,8%, acompanhando a recuperação dos preços do petróleo. A estatal está entre as companhias aprovadas pela ANP para participar da 13ª rodada de licitações de áreas de petróleo.
Itaú Unibanco reverteu a alta e fechou em queda de 0,27%, enquanto Bradesco descelerou o avanço para 0,35%.
O noticiário do setor também contou com declaração da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), relatora da MP 675, que eleva a CSLL para instituições financeiras, de que aceita fazer uma "adequação" da redação da medida para estabelecer a alíquota da contribuição em 20% e não mais em 23%. Ela também afirmou que deve apresentar na próxima semana proposta sobre o fim de benefício tributário via juros sobre capital próprio.
Bovespa perde R$ 52 bilhões em valor de mercado em 1 dia
Na última sessão, o Ibovespa fechou no menor nível desde abril de 2009. O levou a Bovespa a perder R$ 52,1 bilhões em valor de mercado das empresas em um único dia, segundo dados da Economatica.
As 289 companhias listadas na Bovespa tinham juntas um valor de mercado total de R$ 1,91 trilhão no fechamento do mercado na segunda-feira, ante a um valor de R$ 1,96 trilhão na sexta-feira (21).
No ano, a bolsa já encolheu R$ 179,9 bilhões em valor de marcado, segundo a Economatica
A Bovespa acumula até eta terça-feira perda de 12,42% no mês e de 10,52% no ano.
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