Presidente comentou a repercussão das
notícias que envolvem seu filho Flávio Bolsonaro, para a agência Bloomberg, em
Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.
Por G1 — Brasília
O presidente Jair Bolsonaro durante discurso nesta terça (22), no Fórum
Econômico Mundial, em Davos — Foto: Fabrice Coffrini/AFP
Em entrevista nesta quarta-feira (23) para a agência de notícias
Bloomberg, em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que se o seu
filho mais velho, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), errou e for
provado que errou, ele "vai ter que pagar" pelos atos dele.
Flávio Bolsonaro figura no noticiário nacional desde que um relatório do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que Fabrício
Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador eleito, movimentou R$ 1,2 milhão
em sua conta de maneira considerada
"atípica".
"Se, por acaso, ele errou e isso ficar provado, eu lamento como
pai, mas ele vai ter que pagar o preço por essas ações que não podemos
aceitar", disse Bolsonaro à Bloomberg.
Bolsonaro está em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico
Mundial. Bolsonaro chegou à cidade nesta segunda-feira (21) e nesta terça
(22) discursou na
abertura da sessão plenária do Fórum.
Relatório do Coaf
Fabrício Queiroz figura em relatório do Coaf, que apontou operações
bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro (Alerj).
O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro abriu procedimento
investigatório criminal para apurar o caso, mas a investigação
foi suspensa temporariamente por decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) em 17 de janeiro. Quem pediu a suspensão das
investigações foi Flávio Bolsonaro.
A partir da investigação do MP, o Coaf produziu um novo relatório. O
documento aponta movimentações
bancárias suspeitas de Flávio Bolsonaro. Em um mês, foram feitos
quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do senador, no total de R$ 96 mil.
O documento traz informações sobre movimentações financeiras de Flávio
Bolsonaro entre junho e julho de 2017. São 48 depósitos em espécie na conta do
senador eleito, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica
dentro da Assembleia Legistativa do Rio (Alerj), e sempre no mesmo valor: R$ 2
mil.
Nesta terça-feira (22), uma força-tarefa do Ministério Público e da
Polícia Civil do Rio de Janeiro contra milícia que age em grilagem de
terras prendeu o major
Ronald, que foi homenageado em 2004 por Flávio Bolsonaro, com
uma moção de louvor na Alerj.
A mãe e a mulher de outro denunciado na operação desta terça-feira
(22) trabalharam no
gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro (Alerj).
Nenhum comentário:
Postar um comentário