Texto José Nilton Calazans
Município consegue entregar "mais saúde, educação e saneamento gastando menos", afirma jornal
Ibicaraí está entre as cidades mais eficientes do país em utilização de recursos públicos, diz ranking organizado pelo jornal Folha de S. Paulo, que comparou os mais de 5 mil municípios brasileiros e que foi divulgado neste sábado (27). O resultado mostrou que Ibicaraí está bem colocado no ranking, entre os 64 municípios brasileiros mais eficientes na utilização de recursos para atender à população com serviços de responsabilidade das prefeituras.
Na Bahia, Ibicaraí é o terceiro município mais eficiente, atrás apenas de Barro Preto e Salinas de Margarida. Além de ser o primeiro do estado, Barro Preto é 11o. mais eficiente do país. Eficiência no estudo não quer dizer que o município vive uma situação confortável, mas que o poder público local consegue entregar mais serviços com a quantidade de recursos que tem à disposição. Ou seja, o município consegue fazer mais gastando menos.
O jornal explicou como realizou o estudo Ranking de Eficiência dos Municípios Folha, chamado de REM-F. "Após pesquisas e testes, foram selecionadas, segundo diretrizes, oito variáveis, subdividas em quatro categorias –educação, saúde, saneamento e finanças. Em todas elas, considerou-se a taxa de cobertura de políticas claramente vinculadas às atribuições municipais. Em educação, tomou-se como parâmetro os percentuais de crianças de 4 e 5 anos matriculados no ensino fundamental e de 0 a 3 que frequentam creches."
"Em saneamento foram considerados o percentual de domicílios na rede de fornecimento de água, esgoto e os atendidos pelo sistema de coleta de lixo. Na saúde foi levantada a cobertura por equipes de atenção básica e o número de médicos por habitante no município. A grande maioria dos dados provém do Censo 2010 do IBGE e não depende de informações oficias dos municípios.
"Junto ao Tesouro Nacional, coletou-se a receita per capita dos municípios, dado que quando utilizado como denominador dos escores de cobertura das políticas públicas das três áreas citadas anteriormente, fornece a métrica de eficiência do REM-F."
No estudo, Ibicaraí aparece com a nota 0,592, considerado eficiente em educação, saúde e saneamento. Os números analisados pelos pesquisadores indicam que em Ibicaraí a receita total por habitante é de R$ 1.497 e que no município em 2014 havia 1.108 servidores públicos. De acordo com o jornal, entre 2004 e 2014 houve um aumento elevado da quantidade de servidores, que acusou aumento de 119%. Apesar do inchaço, Ibicaraí ainda tem uma média de servidores de 4,6 por 100 habitantes, que é menor que a média brasileira, de 5,1.
O estudo também diz que o município tem 92% da população atendida por abastecimento de água e que 62% dos ibicaraienses são atendidos por serviço de esgoto. Os dados considerados para abastecimento de água e esgoto são de 2010, portanto bem anteriores à crise de água provocada pela seca de 2015 e 2016.
No estudo, Ibicaraí aparece em uma posição bastante desfavorável em receita total, com classificação 0,077, bem abaixo da média brasileira, que é de 0,166. Segundo o jornal, o município é altamente dependente de receitas de fora do município. Na avaliação, Ibicaraí aparece com dependência de 87% de transferências públicas.
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