ASCOM Ibicaraí
Com objetivo de discutir junto com a população e buscar soluções para o problema do lixão municipal, a Prefeitura de Ibicaraí realizou uma audiência pública, na Câmara Municipal de Vereadores, na manhã desta quinta-feira, 22. Diversas autoridades e a população em geral estiveram presentes e participaram da audiência, dialogando, questionando e propondo soluções para destinação do lixo que é coletado no município.
A audiência também contou com a presença do prefeito Lula Brandão, secretários municipais e do corpo jurídico da Prefeitura que, na pessoa do Procurador Geral, Adriano Carvalho, explicou que essa situação do lixão municipal se arrasta há mais de 30 anos e, desde 2017, o município vem promovendo estudos na área ambiental com ênfase no atendimento às exigências da Lei Federal nº 12.305/2010, tendo constatado que a Lei Municipal nº 989, aprovada na gestão passada, em 2016, não contemplava os critérios mínimos exigidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, motivo ainda para que o INEMA multasse o nosso Município.
Desta forma, foi dado início pela atual gestão ao projeto de reformulação do Plano, agora de maneira a atender todas às exigências legais, em conformidade à realidade de nossa cidade e com o devido acompanhamento do Ministério Público Ambiental. Dentre as exigências, que são 19 condições mínimas apontadas na referida Lei, o município de Ibicaraí já realizou 13 delas.
Na sequência, o biólogo Saulo Araújo apresentou a versão preliminar do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), que está sendo elaborado pela Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. Saulo explicou que o Plano é o documento que irá nortear a resolução do problema do lixo na cidade de Ibicaraí e também é a condição para os municípios brasileiros terem acesso a recursos da União para implantação de aterros sanitários.
Segundo o biólogo informou, a implantação de um aterro sanitário é inviável para municípios com população abaixo de 100 mil habitantes, o que faz com que Ibicaraí precise participar de consórcio com outras cidades para galgar um aterro ou implantar de forma eficiente o PMGIRS e reduzir drasticamente a produção diária de lixo - com a coleta seletiva - podendo assim pensar em um aterro com proporções menores e um baixo custo de produção.
Saulo detalhou todo o plano para os presentes e falou das etapas que faltam para finalizar. “A coleta seletiva começa em nossas casas. Precisamos criar a rotina de fazer diariamente a separação do material reciclável e orgânico. Hoje, Ibicaraí produz quase trinta toneladas de lixo diariamente, sendo que 51% é de material orgânico; 32% é de material reciclável e 17% de outros. Os números constatam que metade do lixo pode virar adubo orgânico e 32% nem precisa chegar ao lixão, podendo ir diretamente para as recicladoras”.
O biólogo ainda acrescentou que lixo bem administrado é um negócio rentável. Mas, para isso, é necessário mudar costumes diários; criar uma associação e qualificar os mais de 30 catadores do município; ter o apoio maciço da sociedade civil organizada, entidades de classes e o poder público municipal, além de implantar a Educação Ambiental nas escolas, entre outras coisas.
Finalizando, o prefeito Lula agradeceu a presença de todos, principalmente da população que se fez presente e participou e está engajada nesta causa. “Quero dizer que, desde o primeiro dia, estamos trabalhando para resolver esse problema. Não estivemos de braços cruzados em momento algum. Já nos encontramos com o Promotor Ambiental e apresentamos também a ele o projeto. Agora, é caminharmos todos juntos para dar continuidade a esse projeto, que é em prol de uma Ibicaraí melhor”.
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