Em relação a janeiro de 2016, a queda é de 7%, 22ª taxa negativa nesse
tipo de comparação.
Por
Daniel Silveira e Marta Cavallini, G1
As vendas do
comércio varejista brasileiro recuaram 0,7% em janeiro, segundo informou o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (30).
Em relação a janeiro de 2016, a queda é de 7%, 22ª taxa negativa consecutiva
nesse tipo de comparação. No acumulado de 12 meses, a queda é de 5,9%, mantendo
as taxas negativas desde maio de 2015.
A gerente da
Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, destacou que,
embora a queda tenha sido disseminada na maioria dos setores pesquisados, o que
impediu um recuo maior foi o setor de hipermercados, que se manteve estável
depois de ter registrado queda de 3% em dezenmbro. “É bom a gente lembrar que
janeiro não é um bom mês para o comércio, porque há muito incidência de
impostos, o que impacta as vendas”, explicou.
De acordo com o
IBGE, o volume de venda de seis das oito atividades pesquisadas tiveram queda,
com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e
comunicação (-4,8%), combustíveis e lubrificantes (-4,4%), livros, jornais,
revistas e papelarias (-1,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico
(-1,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e
cosméticos (-1,1%) e móveis e eletrodomésticos (-0,1%).
Por outro lado,
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, atividade
de maior peso na estrutura do varejo, registrou variação próxima à estabilidade
(0,2%) e tecidos, vestuário e calçados, com variação de 4,1%, teve resultado em
janeiro influenciado pelas promoções de queima de estoques do Natal.
Regiões
As vendas no
varejo recuaram em janeiro em 14 das 27 unidades da Federação, com variações
negativas a dois dígitos observadas em Roraima (-16,8%); Distrito Federal
(-14,2%) e Goiás (-11,6%). Nessa mesma comparação, Bahia registrou estabilidade
no volume de vendas.
Em relação a
janeiro de 2016, o comércio varejista registrou queda no volume de vendas em 24
das 27 unidades da Federação, com destaque negativo para Distrito Federal, com
-20,9%. Por outro lado, Alagoas (1,5%) e Santa Catarina (0,4%) registraram
avanços no volume de vendas, enquanto Rio Grande do Sul mostrou estabilidade
(0%).
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