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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Que métodos funcionam contra Aedes? Veja diferença entre repelentes

DEET, IR3535 e icaridina são substâncias recomendadas pela OMS.

Vitamina do complexo B não tem eficácia comprovada contra mosquito.

Mariana Lenharo
Do G1, em São Paulo
Há 'fortes indícios' de que zika vírus, transmitidos por mosquitos Aedes aegypti, tenha correção com aumento de casos de síndrome de Guillain-Barré  (Foto: AFP Photo/Patrice Coppee)Mosquitos Aedes aegypti transmitem zika, dengue e chikungunya (Foto: AFP Photo/Patrice Coppee)
Ainda há muita dúvida sobre como se proteger individualmente das picadas do Aedes aegypti, vetor de dengue, zika e chikungunya. A grande variedade de repelentes disponíveis no mercado – só no Brasil, existem 122 com registro na Anvisa – faz a população se questionar se todos teriam a mesma eficácia contra o mosquito.
Mesmo os especialistas e os órgãos reguladores divergem em suas recomendações. Este mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária pediu que a população denuncie repelentes que tenham falhado ou provocado efeitos adversos.
Outras práticas disseminadas no país contra o Aedes, como o uso de vitaminas do complexo B, também geram confusão entre o público leigo. Veja perguntas e respostas sobre essas práticas:
QUAIS SÃO OS REPELENTES APROVADOS NO BRASIL?
Há 122 produtos registrados na Anvisa como repelentes para a pele. Eles têm quatro substâncias ativas:

- DEET (também conhecido como N,N-dimetil-meta-toluamida ou N,N-dimetil-3-metilbenzamida)
- IR3535 (também conhecido como etil butilacetilaminopropionato ou EBAAP)
- Icaridina (também conhecido como hidroxietil isobutil-piperidina carboxilato ou picaridina)
- Plantas do gênero Cymbopogon (citronela)
TODOS TÊM O MESMO PODER CONTRA O AEDES?
Segundo a Anvisa, “todos os produtos registrados tiveram sua eficácia comprovada para ação em mosquitos da espécie Aedes aegypti”. É importante observar que o efeito de cada produto tem duração diferente e que as instruções de uso contidas no rótulo devem ser seguidas.

Porém, a eficácia dos repelentes pode variar de mosquito para mosquito. Segundo a infectologista Nancy Bellei, coordenadora do Comitê Científico de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), estudos realizados até o momento sugerem que a alternativa mais eficaz contra o Aedes sejam os repelentes a base de icaridina com concetração de 25%.
No caso do DEET, por exemplo, os principais estudos de eficácia foram feitos com mosquitos Anopheles (vetor da malária) e Culex (o pernilongo comum) e mostram que repelentes a base de DEET com concentração de 15% são eficazes por 5 horas, em média.
“Os estudos não foram feitos com Aedes e se referem a uma concentração maior que 15%. No Brasil, a maior parte dos repelentes a base de DEET tem concentração em torno de 10%, portanto não garantiriam essa proteção”, diz Nancy. A especialista cita ainda um estudo publicado em 2013 na revista científica “Plos One” que indica que o Aedes aegypti desenvolve um tipo de tolerância ao DEET quando exposto ao repelente por um período prolongado.
repelente (Foto: bom dia brasil)Repelentes contra insetos (Reprodução/TVGlobo)

O QUE RECOMENDA A OMS?
Contra o Aedes aegypti, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda os repelentes à base de DEET, IR3535 e icaridina.

O QUE RECOMENDAM OS EUA?
Os Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA (CDC) recomendam o uso de repelentes a base de DEET, IR3535 e icaridina, além de alguns produtos feitos com óleo de eucalipto-limão e para-mentano-diol.  

ÓLEO DE CITRONELA FUNCIONA?
Além de não ser recomendado pela OMS para combater o Aedes aegypti, há estudos que indicam que o óleo de citronela não tem eficácia contra o mosquito. Uma pesquisa publicada em outrubro de 2015 na revista “Journal of Insect Science” comparou o desempenho de produtos à base de citronela e outros ingredientes naturais contra aqueles à base de DEET. O resultado foi que produtos contendo citronela não tiveram nenhum efeito repelente significativo.

VITAMINA B AFASTA MOSQUITOS?
Não há nenhuma base científica que justifique o consumo de vitaminas do complexo B para afastar mosquitos, segundo a infectologista Nancy Bellei. Há, pelo contrário, estudos que comprovam que o uso desse recurso não tem qualquer efeito repelente.


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