Deputado federal participou de evento em Salvador nesta quinta-feira (4).
Grupo ligado à causa LGBT fez protesto e simpatizantes defenderam pastor.
Pastores e evangélicos fizeram uma oração pedindo proteção ao pastor e deputado (Foto: Ruan Melo/ G1)
O pastor, deputado e presidente da Comissão de Direitos Humanos da
Câmara, Marco Feliciano, participou de um culto na Igreja Batista
Avivamento Profético, na Ribeira, em Salvador,
na noite desta quinta-feira (4). O evento foi marcado por manifestações
em defesa e em repúdio ao político, alvo de protestos devido às
declarações consideradas racistas e homofóbicas, negadas por ele.
Protesto pró e contra Marco Feliciano, em Salvador (Foto: Ruan Melo/G1 BA)
Marco Feliciano entrou pela porta lateral, no intuito de despistar a
imprensa, e saiu acompanhado por seguranças, sem comentar as questões
políticas. Quatro equipes da Polícia Militar fizeram a segurança. "Pense
em um homem que não sabe bater, mas sabe apanhar. Eu sempre suportei o
peso, desde criança enfrentei", disse em um dos trechos do culto, que
foi acompanhado pelo G1.
A participação do pastor acontece na véspera do depoimento
que será prestado ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal
Federal (STF), em um processo no qual responde por estelionato,
denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul no ano de 2009.
Fora da igreja, parte dos fiés defendia o deputado federal, enquanto um
grupo do Fórum LGBT da Bahia entoava gritos de repúdios: "A Bahia não
quer você, chega de preconceito", diziam. "Acho isso uma pouca vergonha,
eles estão quebrando a Constituição. Nós temos direito a culto e tem um
pequeno grupo querendo tumultuar. Feliciano é um homem preparado para
assumir a comissão. Ele não é homofóbico ou racista. Ele pregou a
palavra de Deus que está na Bíblia", disse Francisca Elza, uma das fiés.
Presidente do Fórum LGBT, Millena Passos questionou as posturas tidas
racistas do deputado e criticou a presença dele no estado. "Feliciano
está massificando a cultura do ódio. É vergonhoso você ter um deputado
desse, vergonha para o país e para a Bahia", relatou a militante.
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