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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Feliciano prega em culto na Bahia e diz que 'não sabe bater, mas apanhar'



Deputado federal participou de evento em Salvador nesta quinta-feira (4).
Grupo ligado à causa LGBT fez protesto e simpatizantes defenderam pastor.

Ruan Melo e Tatiana Maria Dourado Do G1 BA

Marco Feliciano (Foto: Ruan Melo/ G1) 
Pastores e evangélicos fizeram uma oração pedindo proteção ao pastor e deputado (Foto: Ruan Melo/ G1)
O pastor, deputado e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano, participou de um culto na Igreja Batista Avivamento Profético, na Ribeira, em Salvador, na noite desta quinta-feira (4). O evento foi marcado por manifestações em defesa e em repúdio ao político, alvo de protestos devido às declarações consideradas racistas e homofóbicas, negadas por ele.
Protesto pró e contra Marco Feliciano, em Salvador (Foto: Ruan Melo/G1 BA) 
Protesto pró e contra Marco Feliciano, em Salvador (Foto: Ruan Melo/G1 BA)
Marco Feliciano entrou pela porta lateral, no intuito de despistar a imprensa, e saiu acompanhado por seguranças, sem comentar as questões políticas. Quatro equipes da Polícia Militar fizeram a segurança. "Pense em um homem que não sabe bater, mas sabe apanhar. Eu sempre suportei o peso, desde criança enfrentei", disse em um dos trechos do culto, que foi acompanhado pelo G1.

A participação do pastor acontece na véspera do depoimento  que será prestado ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um processo no qual responde por estelionato, denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul no ano de 2009.
Fora da igreja, parte dos fiés defendia o deputado federal, enquanto um grupo do Fórum LGBT da Bahia entoava gritos de repúdios: "A Bahia não quer você, chega de preconceito", diziam. "Acho isso uma pouca vergonha, eles estão quebrando a Constituição. Nós temos direito a culto e tem um pequeno grupo querendo tumultuar. Feliciano é um homem preparado para assumir a comissão. Ele não é homofóbico ou racista. Ele pregou a palavra de Deus que está na Bíblia", disse Francisca Elza, uma das fiés.
Presidente do Fórum LGBT, Millena Passos questionou as posturas tidas racistas do deputado e criticou a presença dele no estado. "Feliciano está massificando a cultura do ódio. É vergonhoso você ter um deputado desse, vergonha para o país e para a Bahia", relatou a militante.

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