Como atleta, Marcos Mohai já conquistou títulos nacionais e internacionais.
Já como vereador, ele quer ajudar no desenvolvimento de Peruíbe, SP.
Marcos Mohai, vereador e campeão de Strongman, que elege o mais forte do Brasil (Foto: Mariane Rossi/G1)
Atleta com dezenas de títulos nacionais e internacionais, Marcos Mohai,
o homem mais forte do Brasil, tem conciliado duas funções diferentes
nos últimos meses. Vencedor do Campeonato Brasileiro de Strong Man, em
fevereiro desse ano, o atleta foi eleito, em outubro do ano passado,
vereador em Peruíbe, no litoral de São Paulo.
Mohai, que é natural de São Bernardo do Campo, se tornou o homem mais
forte do Brasil por acaso. Alguns problemas de saúde o levaram ao
esporte. Logo quando criança, os médicos aconselharam os pais dele a
morarem em um lugar com um clima melhor por conta de problemas
respiratórios. Por isso, ele se mudou para a Estação Ecológica Jureia
Itatins, em Peruíbe, no litoral de São Paulo.
Mesmo após a mudança, o médico indicou que ele fizesse alguma atividade
física. “Meu pulmão era pequeno em relação ao quanto eu necessitava”,
conta Mohai. A partir dos oito anos, ele começou a praticar vários
esportes. Já aos 14, Mohai entrou para a musculação e, depois de dois
anos, participou da primeira competição de levantamento de peso básico,
ou levantamento de potência, mais conhecido como powerlifting. As provas
possuem três modalidades, o agachamento, o supino e o levantamento
terra. Os atletas podem fazer tentativas em cada prova para levantar a
maior carga possível e o que tiver maior pontuação no total é o
vencedor. “Eu sempre fui muito forte em relação a minha idade. Com 18
anos eu já tinha sido campeão brasileiro, tinha quebrado recordes que há
11, 12 anos ninguém tinha conseguido tirar. Aí que eu percebi que minha
vocação era para o esporte de força”, disse ele.
Troféus de Marcos Mohai, o homem mais forte do
Brasil (Foto: Mariane Rossi/G1)
Brasil (Foto: Mariane Rossi/G1)
Aos 19 anos, ele foi para o Campeonato Mundial nos Estados Unidos, onde
ficou no 3º lugar. Depois, venceu vários campeonatos brasileiros, mas
viu que aquele tipo de competição não lhe satisfazia mais. “Era um
esporte muito parado, não era em movimento”, conta. Por isso, em 2004,
ele passou a competir no Strongman, esporte que testa a força de
diversas maneiras. São várias provas em que o atleta movimenta pedras,
estruturas metálicas e até veículos, como carros e caminhões. Quem
carregar mais peso, da forma mais rápida possível, é considerado o homem
mais forte do Brasil.
Mohai no campeonato de Strongman, em Peruíbe
(Foto: Edgar Pedro de Souza/Divulgação UBSM)
(Foto: Edgar Pedro de Souza/Divulgação UBSM)
Mohai encarou o desafio. Desde 2004, ele participa de competições nesta
categoria por todo o Brasil. Neste ano de 2013, ele ganhou pela sexta
vez consecutiva o Campeonato Brasileiro de Strong Man na Categoria
Absoluto da União Brasileira de Strong Man. O evento foi realizado nos
dias 11 e 12 de fevereiro em Peruíbe. As provas de velocidade,
concentração e força se tornaram um espetáculo para um público de mais
de 8 mil pessoas que puderam conhecer o esporte. “São ações que
despertam o público. Não tem uma rejeição. Principalmente as crianças
vêem a gente como um herói”, fala Mohai. A prova mais conhecida é a
Atlas Stones, onde os competidores tem que carregar esferas de concreto
que podem pesar mais de 170 kg. Na última competição, uma nova prova foi
implantada e apelidada de ‘Papai vai às compras’. “Os atletas tem que
percorrer 45 metros e a cada 15 metros tem um obstáculo. O atleta tem
que levantar o obstáculo e colocá-lo no ‘carrinho’, uma caçamba de
construção adaptada”, explica ele, que deu o nome da prova.
Lado político
Mohai se tornou um atleta renomado na modalidade. Agora, ele quer passar bons exemplos e dar oportunidade para outras pessoas conheceram o esporte e melhorarem de vida, como aconteceu com ele. Mesmo com muitos projetos, ele não conseguiu apoio. “Minhas ideias não era acatadas”, reclama. Por isso, o homem mais forte do Brasil resolveu levar a força no esporte para a política.
Mohai se tornou um atleta renomado na modalidade. Agora, ele quer passar bons exemplos e dar oportunidade para outras pessoas conheceram o esporte e melhorarem de vida, como aconteceu com ele. Mesmo com muitos projetos, ele não conseguiu apoio. “Minhas ideias não era acatadas”, reclama. Por isso, o homem mais forte do Brasil resolveu levar a força no esporte para a política.
Marcos Mohai, na cadeira de vereador de Peruíbe (Foto: Edgar Pedro de Souza/Divulgação)
Em 2012, Mohai conquistou os eleitores nas urnas e se tornou vereador
em Peruíbe. Ele acredita que a eleição foi conquistada não só pelo
grande carinho que tem com os moradores e também por sempre levar o nome
da cidade, mas porque ganhou a confiança de muitas pessoas que
acreditaram em suas ideias. Uma delas é ajudar no desenvolvimento da
cidade, por meio do esporte. “O esporte é uma arma fundamental, porque
esporte gera saúde. Se todas as pessoas fossem estimuladas a fazer
alguma atividade, consequentemente, você diminui os gastos com a saúde,
com pessoas doentes. O esporte gera um equilíbrio mental, melhora sua
condição, seu ego, por causa da parte competitiva. Quando você trabalha
para alguma ação, modifica a sua vida”, explica.
Mohai também quer dar divulgar mais o turismo de Peruíbe, com o foco na Estação Ecológica Jureia Itatins. Para ele, a cidade ainda não é reconhecida pelo potencial turístico e deveria ter mais iniciativas municipais e estaduais para proteger esse lugar. Ele quer unir o esporte e o turismo, trazendo grandes etapas de competições e grandes empresas para a cidade ser mais conhecida. Além disso, quer fazer projetos sociais com crianças e com pessoas que não tenham oportunidades de crescimento na vida. Tudo por meio do esporte. “O esporte é visto como uma última instância. Isso não é visto somente no município. Isso é visto no Brasil. Você vê pelas pessoas medalistas olímpicas que nem patrocínio possuem. Uma pessoa que está representando sua nação para o mundo não tem apoio”, falou.
Aos 36 anos, ele garante que seguirá lutando com todas as suas forças para encarar mais esse desafio da vida. Os 150 quilos, 1,81 de altura, 60 cm de biceps e 80 cm de coxa nada lhe ajudam nessa nova experiência, que exige um esforço bem diferente do que está acostumado nas provas do Strongman. “É complicado. Aqui são 15 vereadores com cabeças diferentes. Cada um vai pensar que o seu projeto é melhor. Tem que ter um jogo de cintura. A gente analisa com profundidade os projetos para ver qual seria o emergencial”, diz Mohai, que garante que não tem medo do que vem pela frente. “Estou muito seguro naquilo que eu estou fazendo. Hoje estou vivo e venci todas as dificuldades, até de saúde. Não é qualquer problema, qualquer dificuldade, que vai tirar a minha esperança ou a minha visão de enxergar algo melhor”, falou Mohai.
Mohai também quer dar divulgar mais o turismo de Peruíbe, com o foco na Estação Ecológica Jureia Itatins. Para ele, a cidade ainda não é reconhecida pelo potencial turístico e deveria ter mais iniciativas municipais e estaduais para proteger esse lugar. Ele quer unir o esporte e o turismo, trazendo grandes etapas de competições e grandes empresas para a cidade ser mais conhecida. Além disso, quer fazer projetos sociais com crianças e com pessoas que não tenham oportunidades de crescimento na vida. Tudo por meio do esporte. “O esporte é visto como uma última instância. Isso não é visto somente no município. Isso é visto no Brasil. Você vê pelas pessoas medalistas olímpicas que nem patrocínio possuem. Uma pessoa que está representando sua nação para o mundo não tem apoio”, falou.
Aos 36 anos, ele garante que seguirá lutando com todas as suas forças para encarar mais esse desafio da vida. Os 150 quilos, 1,81 de altura, 60 cm de biceps e 80 cm de coxa nada lhe ajudam nessa nova experiência, que exige um esforço bem diferente do que está acostumado nas provas do Strongman. “É complicado. Aqui são 15 vereadores com cabeças diferentes. Cada um vai pensar que o seu projeto é melhor. Tem que ter um jogo de cintura. A gente analisa com profundidade os projetos para ver qual seria o emergencial”, diz Mohai, que garante que não tem medo do que vem pela frente. “Estou muito seguro naquilo que eu estou fazendo. Hoje estou vivo e venci todas as dificuldades, até de saúde. Não é qualquer problema, qualquer dificuldade, que vai tirar a minha esperança ou a minha visão de enxergar algo melhor”, falou Mohai.
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