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terça-feira, 22 de março de 2016

Uso de alta tecnologia garante qualidade da água fornecida aos baianos


Após ser captada e passar por diferentes etapas de filtragem e tratamento, a água distribuída pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) é submetida a um conjunto de testes laboratoriais por amostragem. Assim que chegam à unidade da Bolandeira, localidade que pertence ao bairro da Boca do Rio, em Salvador, as amostras coletadas em diversos pontos da capital e do interior são cadastradas e analisadas para verificar se a água está em condições de consumo. Os testes incluem desde a avaliação da cor, turbidez e Ph, até análise bacteriológica, de toxinas e metais.
 O gerente do Departamento do Controle de Qualidade da empresa, Fabrício Tourinho, afirmou que as atividades estão em consonância com o que prevê a Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde. “Temos uma sistemática de coleta diária. Alguns dos parâmetros são analisados a cada duas horas nas estações de tratamento de água. Outros [parâmetros] são analisados semanalmente, mensalmente ou semestralmente, para que tenhamos informação sobre a qualidade e verificar se a água que a Embasa [vem] oferecendo à população está dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação”.
 Três milhões de análises por ano
 Caso o consumidor desconfie que a água está fora dos padrões determinados, a Embasa deve ser acionada por meio presencial, pelo telefone 0800 055 195 ou  internet, no site www.embasa.ba.gov.br, e uma equipe será encaminhada ao local para coletar a água que será analisada, explicou Tourinho. “A Embasa se responsabiliza pela entrega até o ponto do hidrômetro. A partir dali, cada casa, cada edifício tem a responsabilidade com a limpeza do reservatório. Realizamos em média três milhões de análises por ano”, informou o gerente.
Equipamentos como o ICP, que checa a presença de metais na água, e um cromatógrafo líquido, capaz de identificar concentrações extremamente baixas de agrotóxicos e subprodutos utilizados no processo de tratamento, fazem parte dos recentes investimentos tecnológicos da Embasa. Os dois equipamentos custaram cerca de R$ 1,6 milhão. Sobre o cromatógrafo, o analista de saneamento químico da empresa, Luciano Maia, disse que “o equipamento permite realizar análises que, antes, não eram [feitas] nos laboratórios”.
 Como identificar vazamentos
 Além de cumprir as recomendações que garantem a qualidade da água, a empresa orienta aos usuários quanto ao consumo consciente. A assessora da Superintendência Comercial da Embasa, Mariana Cabral, sugere aos consumidores que façam leitura periódica do que é registrado no hidrômetro. “[Caso ocorra aumento no valor da conta de água, sem] mudança no hábito de consumo, pode ser um possível vazamento”.
 Para verificar vazamento no vaso sanitário, por exemplo, a Embasa recomenda colocar um pouco de talco sobre a água e não dar descarga. Se for observado que há movimentação do talco, é possível a existência de vazamento. Outro teste é deixar o registro de água do imóvel aberto, fechar todas as torneiras e saídas de água, e em seguida fazer a leitura do hidrômetro. Se depois de uma hora ocorrer alteração no número do medidor, mesmo com as torneiras fechadas, também é sinal de possível vazamento.

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