Moradora da Vila Autódromo, Zona Oeste, afirmou que dia é de tristeza.
Maria da Penha está abrigada na igreja da comunidade.
Além de comemorar o Dia Internacional da Mulher, a carioca Maria da Penha Macena, de 50 anos, teria mais um motivo para celebrar a terça-feira (8). Ela foi escolhida pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para ser homenageada como símbolo feminino da comunidade Vila Autódromo, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. No entanto, o dia é de tristeza já que Dona Penha, como é conhecida, teve sua casa demolida pela Prefeitura do Rio na manhã desta terça.
Em entrevista ao G1, Maria da Penha afirmou que mal teve tempo de tirar os pertences de dentro da sua casa. Além disso, ela contou que irá ficar abrigada na igreja da comunidade, onde mora há 23 anos, até conseguir uma moradia.
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“Demoliram a minha casa hoje, estou na rua. Estou carregando as minhas coisas para a igreja neste momento. Eu vou me obrigar na igreja até que o prefeito decida uma moradia para mim. Eu quero ficar na minha comunidade, moro aqui há 23 anos. Quase não deram tempo de eu tirar as minhas coisas, o oficial de justiça disse que tinha que ser hoje e eu tirei a minha mudança do jeito que deu”, afirmou Dona Penha.
Uma equipe do Núcleo de Terras e Habitação (Nuth) da Defensoria Pública do Estado acompanhou a demolição do imóvel. A defensora pública Adriana Devilaqua esteve no local e disse que a situação em que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, está deixando os moradores é “insalubre”.
Os moradores da região pedem a urbanização do local que não será utilizado para a construção do Parque Olímpico. Em nota, a prefeitura disse que irá anunciar o plano de urbanização da comunidade ainda nesta terça.
“Hoje a prefeitura fez a demolição da casa da Dona Penha. Ela disse que agora vai procurar abrigo na comunidade da Vila Autódromo. Outras duas casas, além da residência dela, foram destruídas. Isso aqui é uma situação desumana. A situação na qual ele [prefeito Eduardo Paes] está deixando os moradores é de insalubridade. Com tubulações cortadas, mosquitos se proliferando e doenças. As famílias que estão aqui estão morando em escombros. Há uma necessidade de urbanizar a área que não foi usada para o Parque Olímpico”, disse a defensora
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