FONTE The News
Controle de um dos maiores corredores comerciais do mundo. A CK Hutchison, conglomerado de Hong Kong, está se desfazendo de sua participação majoritária em portos críticos ao redor do Canal do Panamá. |
Quem vai assumir o leme dessa operação é um consórcio liderado pela gigante americana BlackRock — a maior gestora de capitais do mundo. O que está por trás da transação de US$ 23 bi não é apenas dinheiro — mas também geopolítica. A mudança de controle desses portos não é um simples negócio financeiro. São 43 portos espalhados por diferentes países, incluindo os principais terminais em ambos os extremos do Canal do Panamá — Balboa e Cristobal. Os Estados Unidos, que têm grandes interesses nesse ponto estratégico, já levantaram a preocupação de que a China teria influência demais sobre a região. A venda dessas operações parece ter sido, em parte, uma resposta a esse cenário tenso. Por que isso é importante? Porque o Canal do Panamá não é só um ponto de passagem para mercadorias, mas um elo vital para o comércio global. Aproximadamente 70% do tráfego que transita por lá está vinculado aos Estados Unidos.
O consórcio que agora assume inclui não apenas a BlackRock, mas também sua subsidiária Global Infrastructure Partners. Este movimento pode dar aos EUA não apenas o controle de uma infraestrutura estratégica, mas também um novo posicionamento diante das críticas que vinham da administração Trump. |
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