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sábado, 3 de dezembro de 2022

Chuvas e alagamentos no sul da Bahia viraram ‘figurinha repetida’

 


Por Arnold Coelho Jornalista MTB 6446/BA

Parece que foi ontem que passamos por uma das maiores enchentes do sul da Bahia. A data era festiva. A noite de 24 de dezembro de 2021 (véspera de natal) tão cedo não será esquecida. Um ano depois daquela tragédia anunciada, nós estamos assistindo novamente esse filme de “horror”, que atinge mais uma vez a população ribeirinha sulbaiana. No nosso álbum de memórias essa é uma “figurinha repetida”.

E durante esse ano de 2022, o que fizemos para que a história fosse outra? O que foi feito de positivo para a diminuição do impacto das prováveis chuvas que chegam sem pedir licença em nossa região a cada final de ano? 

São perguntas que precisam ser feitas e lições que precisamos aprender. Continuamos descartando diariamente lixo, embalagens e sacolas plásticas aos quatro cantos da cidade sem nenhuma responsabilidade, entupindo bueiros e poluindo o meio ambiente. Uma hora a conta chega! Precisamos aprender a respeitar esse pequeno e “poluído” planeta em que vivemos.

Lembro que em 2010 foi criada a lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e que previa o fim dos lixões brasileiros até 2014. Estamos em 2022 e de acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico a data para a extinção de cerca de 2.700 lixões por todo o Brasil mudou para 2033.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o país produz por ano cerca de 80 milhões de toneladas de lixo e cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano, o que corresponde a mais de 1 kg por dia. Consumimos muito e consequentemente produzimos o lixo que polui o nosso planeta.

De acordo com um levantamento feito pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), com base em dados do Banco Mundial, o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo. Por sua vez o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta as associações de catadores e os catadores autônomos como os responsáveis por quase 90% do lixo que é reciclado no país.

Os dados mostram que precisamos investir maciçamente em políticas públicas e programas de coleta seletiva, incentivando associações e capacitando catadores. Precisamos reaproveitar parte desse lixo que estamos jogando e poluindo o nosso meio ambiente. Só assim teremos uma resposta positiva da Mãe Natureza.

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