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domingo, 4 de dezembro de 2022

O rastro do rio

 


Por André Luiz Evangelista Jornalista MTB 6515/BA

 Estamos nos instantes finais do ano de 2022 (dois mil e vinte e dois), e, o pesadelo das enchentes se repete. No mês de dezembro de 2021 (dois mil e vinte e um) mas precisamente na noite do dia 24 do supracitado mês, passamos por uma grande enchente (e tem quem diga que superou a de 1967 um mil novecentos e sessenta e sete)  que deixou muitas famílias desabrigadas.

E a quase um ano da grande catástrofe, as pessoas se encontram apreensivas,  pois as chuvas voltam a cair torrencialmente,  elevando o volume dos rios (curso de água natural, mais ou menos torrencial, que corre de uma parte mais elevada para uma mais baixa e que deságua em outro rio, no mar ou num lago.) os tornando poderosos, com suas correntezas chegando a ser destruidoras.

O Rio Salgado, que nasce modesto no distrito de Ipiranga em Firmino Alves (e que a tempos vem sendo degradado) em tempos normais passa longe de ser caudaloso, passa a maior parte do tempo pacato, quase que inerte.

O Salgado sai de Firmino Alves, corta Floresta Azul e Ibicaraí e vai desembocar no grande Rio Colônia, lá na Estiva de Itapé. Neste período em que vivemos de fortes chuvas e consequentemente cheias,  o Rio Salgado cresce,  mais que quadruplica o seu volume de água, e, como que reclamando furiosamente do sofrimento em que nos “humanos" o estamos impondo, ele o Salgado,  cobra o seu lugar de origem e passa deixando um rastro de destruição a exemplo, de derrubada de barranco, árvores arrancadas, animais de criação levados pelas impetuosas correntezas, casas derrubadas, famílias desabrigadas, um verdadeiro terror, muita das vezes anunciado com antecedência.

Mas,  quem somos nós para julgar ou entender os desígnios de Deus?

Ao menos,  temos a certeza, que da parte de Deus não  acontecerá um outro grande dilúvio.

Gênesis Cap. 9:11-15

11 E eu convosco estabeleço o meu concerto, que não será mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e que não haverá mais dilúvio para destruir a terra.

12 E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.

13 O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra.

14 E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens.

15 Então, me lembrarei do meu concerto, que está entre mim e vós e ainda toda alma vivente de toda carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio, para destruir toda carne.

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