Por Arnold Coelho Jornalista MTB 6446/Ba
Tenho feito há 14 anos – período que subo a Serra do Córrego Grande – constantes visitas ao topo da serra. Minha peregrinação com o passar do tempo conquistou alguns adeptos dessas caminhadas, protetores das montanhas, do meio ambiente, da nossa fauna e flora e das muitas nascentes que fornecem água para Ibicaraí.
Nesse período fizemos oficinas de desenvolvimento sustentável, um seminário sobre o Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), além de três grandes caminhadas ecológicas, onde levamos muita gente para subir as serras do Córrego Grande e da Estância Manacá.
Fizemos também inúmeras caminhadas, com pequenos grupos, para subir a serra, conhecer a represa do SAAE, falar um pouco sobre a água e sempre plantar mudas de árvores nativas da nossa região em pontos de áreas degradadas.
Todas essas ações tem um propósito: conscientizar a população de Ibicaraí que é preciso preservar nossas matas e principalmente cuidar, proteger e fazer valer o PSA, que tem como base legal pagar para que todo produtor rural (que tenha nascente em sua propriedade) receba um valor por nascente. Esse projeto já está aprovado na Câmara de Vereadores, mas precisa sair do papel.
Precisamos proteger o nosso bem maior, nossa maior riqueza, nossa água, que é pouco cuidada e valorizada. Hoje vi uma matéria no site globo.com que mostrou o preço de uma garrafa de 500ml de água no Catar, país onde vai acontecer a próxima Copa do Mundo.
Acreditem, uma pequena garrafa de água sendo vendida por R$ 30,00. Para ter ideia do preço absurdo da água naquele país, aqui em Ibicaraí, com o mesmo dinheiro, podemos comprar 10m3 ou 10 mil litros de água do SAAE. Nos distritos o preço dessa água cai para um terço desse valor.
Nós temos água boa e barata e se não criarmos leis locais que protejam nossas nascentes e o consumo interno, em um futuro próximo as empresas que regulam a água no Brasil deverão ser privatizadas (de acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico), o que fará com que as futuras gerações corram o risco de não terem essa água ‘boa e barata’ para beber.
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