Por Arnold Coelho Jornalista MTB 6446/BA
Quando eu era menino (isso já faz algum tempo) descobri logo cedo que tinha uma deficiência visual e precisei aos 9 anos usar óculos, o que não me impedia de jogar bola. Na verdade, o meu problema com o futebol nunca foi a pouca visão e sim a total falta de talento para o “esporte bretão”. Sempre fui ‘pereba’, ‘grosso’, ruim de bola mesmo.
Sempre era o último a ser escolhido e na maioria das vezes só sobrava o gol para mim. Só jogava na linha quando a bola era minha, isso mesmo, existia uma regra que o dono da bola sempre jogava e ainda escolhia com quem jogar. Se eu não jogasse eu levava a bola pra casa e acabava “o baba”. Funcionava mais ou menos assim!
Ontem, domingo, 20 de novembro de 2022, eu fiquei em casa trabalhando (pra variar) e esperando o início da Copa do Mundo (já faço isso há décadas), a abertura da copa e o primeiro jogo eu nunca perco. Ontem, para a minha decepção, eu perdi foi o meu tempo. Pensem em um jogo ruim e fraco! Assisti pelo Youtube esse ano a final da segunda divisão do Campeonato Baiano e foi muito mais emocionante (Itabuna campeão!).
Gente, o jogo me fez voltar ao passado, quando eu teimava em querer jogar bola. A seleção do Catar é muito ruim. Qualquer time brasileiro da segunda ou terceira divisão bate nessa seleção. Foram 90 minutos de pura falta de futebol do selecionado catari. O Equador ainda teve um gol legítimo anulado e no segundo tempo literalmente tirou o pé.
É triste esperar tanto para assistir a maior competição do esporte mais popular do mundo e se deparar com uma seleção amadora abrindo o evento. Como pode uma poderosa Itália, o Egito, a Colômbia, o Chile e tantas outras seleções tradicionais ficarem de fora da Copa do Mundo e o Catar (por ser sede) participar? A resposta é simples: Nessa Copa o Catar é o dono da bola!
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