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terça-feira, 14 de abril de 2020

Um mês de quarentena Um mês de um novo mundo


Por Arnold Coelho

Quanta coisa mudou em um mês!!! Nunca imaginei que viveria para presenciar uma pandemia. Na verdade, eu só conhecia esse termo através dos filmes ou quando lia alguma coisa relativa a Peste Negra ou a Gripe Espanhola. Passamos por algumas epidemias, mas nada comparado ao que estou vivenciando. Por mais que tente relaxar, eu acordo todos os dias esperando que tudo tenha sido um pesadelo. Infelizmente é real.

Nesse último mês eu mudei tudo em minha vida. Meus maus e rotineiros hábitos de anos estão sendo jogados fora. Minha rotina hoje é ficar em casa e ajudar minha esposa nos afazeres domésticos, além de muito trabalho pessoal. Hoje minha casa funciona como uma pequena empresa com alguns departamentos. Minha convivência com a família melhorou. Sinto que estou mais amigo, amável, agradável, preocupado... Humano é o termo certo, ESTOU MAIS HUMANO.

Esse último mês em casa aproveitei também para colocar os trabalhos em dia, pensar no meu futuro e o futuro da minha família. Tenho dedicado um espaço também para pensar nos amigos, conhecidos e desconhecidos que vivem essa mesma angústia que a minha e percebi que entre tantas coisas ruins e tantas mortes causadas por esse vírus, surgiram algumas coisas boas (positivas).

Voltamos a enxergar nosso semelhante. Cristo pediu isso faz mais de 2 mil anos e um vírus nos fez relembrar o pedido do Salvador. Estamos amando mais o próximo. As pessoas estão mais solidárias, preocupadas com quem está ao lado. Voltamos a estender a mão (mesmo que no sentido figurado), pois não podemos ter contato físico. A vontade de ajudar as pessoas voltou a aflorar em nossos corações.

O mundo está menos poluído nesses últimos 30 dias. Menos carros circulando nas grandes capitais e nas rodovias pelo Brasil é sinal de menos gás carbônico na atmosfera e consequentemente menos acidentes no trânsito. Os índices de homicídios, latrocínios e roubos diminuíram também no Brasil e no mundo. As guerras pelo mundo (que não são poucas) começam a diminuir e a ideia de um cessar fogo enquanto durar essa pandemia cresce entre os poderosos.

As pessoas voltaram a falar e propagar mais a palavra de Deus. Sei que cada povo tem o seu Deus. Eu particularmente imagino que no fundo o Deus é o mesmo em todo lugar. Percebi no último mês que não foi necessário ir à igreja para participar de uma missa ou um culto, as lives estão ligando as pessoas mesmo a distância.

Tenho visto padarias doando pães para quem não pode comprar; pessoas montando grupos para arrecadar alimentos para os necessitados; famílias distribuindo marmitas para moradores de rua; pequenos, médios e grandes empresários fazendo doações; grandes empresas se colocando a disposição para ajudar, e acima de tudo a classe médica, os profissionais de saúde e vigilância sanitária que se colocam no front dessa guerra e os cientistas em todo o mundo que trabalham dia e noite na busca por uma vacina.
Não existe no momento um fim para essa pandemia. Não sabemos quantos serão infectados e quantos morrerão. Nossa única certeza é que estamos lutando contra algo invisível e com uma taxa de mortalidade que assusta. O distanciamento social ainda é o melhor remédio.

Esse vírus tem atacado e contaminado sem nenhuma distinção. Ele não escolhe cara, cor, tamanho, beleza e muito menos conta bancária. Nós vamos sobreviver e sairemos dessa pandemia bem melhor do que quando entramos. Acredito que sairemos dessa guerra contra esse vírus mais HUMANO e acima de tudo, mais próximo dos planos de DEUS.

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