Declarações podem ser enviadas até 30
de abril. Quanto mais cedo a declaração for enviada, maior a chance de receber
a restituição logo nos primeiros lotes.
Por G1
Deixar para fazer a declaração do imposto de renda na reta final do
prazo ainda é um hábito frequente entre muitos brasileiros, mas é um risco que
não vale a pena correr, pois dificilmente pode trazer alguma vantagem.
Além da maior chance de erro e de cair na malha fina, vale lembrar que
quanto mais cedo a declaração for enviada, maior a chance de receber a
restituição logo nos primeiros lotes.
A temporada de entrega das declarações termina no dia 30 de abril. A
multa para o contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do
prazo será de, no mínimo, R$ 165,74, sendo limitada a 20% do imposto devido.
Veja abaixo alguns dos principais motivos para não deixar a declaração
do IR para última hora:
1 - Risco de erros
O ditado já diz: a pressa é inimiga da perfeição. O preenchimento da
declaração exige atenção , pois qualquer centavo a mais (ou a menos) pode levar
à malha fina. Diferenças entre valores declarados pelo empregador e
contribuinte, omissão de rendimentos ou de valores reembolsados, e lançamento
de dados em ficha errada são erros comuns.
2 - Imprevistos e esquecimentos
O preenchimento da declaração exige levantar uma série de informações e
comprovantes. Assim, quem deixa para a última hora, corre o risco de não
conseguir todos os documentos necessários. Contrato ou escrituras de compra e
venda de imóveis ou automóveis, notas fiscais de escolas, centros médicos ou de
outros serviços de profissionais liberais podem demorar dias para serem
obtidos.
Com pouco tempo, aumento o risco de esquecer de gastos que poderiam ser
abatidos. Pode ser tarde demais também para levantar todos os comprovantes
necessários.
3 - Receber antes a restituição
A análise das declarações é feita por ordem de entrega. Sendo assim,
quem declara por último, recebe por último uma eventual restituição.
Os valores das restituições do Imposto de Renda são corrigidos pela
variação da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,5% ao ano e cuja
previsão do mercado é de manutenção neste patamar ao longo de todo o ano. Ou
seja, diferentemente do que aconteceu em outros anos, quando havia a
expectativa de elevação dos juros ao longo do ano, deixar para fazer a
declaração nos últimos dias para receber nos últimos lotes é uma aposta que
dificilmente trará alguma vantagem em 2019.
Vale lembrar ainda que aqueles que recebem nos primeiros lotes têm a
vantagem de usar o dinheiro para a quitação antecipada de dívidas ou até mesmo
para fazer aplicações financeiras com rentabilidade acima da Selic.
Veja as datas de pagamento dos lotes de restituição do IR neste ano:
·
1º lote, em 17 de junho de 2019;
·
2º lote, em 15 de julho de 2019;
·
3º lote, em 15 de agosto de 2019;
·
4º lote, em 16 de setembro de 2019;
·
5º lote, em 15 de outubro de 2019;
·
6º lote, em 18 de novembro de 2019;
·
7º lote, em 16 de dezembro de 2019.
4 - Rede congestionada e conexão
Como o número de acessos ao sistema da Receita aumenta nos últimos dias,
é comum o sistema apresentar instabilidade ou lentidão na reta final do prazo,
o que pode trazer algum problema ou, no mínimo, fazer com que o contribuinte
gaste mais tempo na tarefa. Além disso, há sempre o risco de a conexão de
internet falhar ou o computador apresentar algum defeito.
5 - Ajuda mais difícil
Deixar para entender toda a dinâmica do programa da Receita e as
novidades da declaração do IR 2019 nos últimos momentos pode virar uma missão
impossível. E neste tipo de situação, é sempre mais difícil encontrar
disponível um amigo ou parente que está acostumado a prestar contas com o Leão.
6 - Risco de multa
Perder o prazo significa pagar multa. O valor é de no mínimo R$ 165,74 e
máximo de 20% do imposto devido. Além do prejuízo financeiro, o contribuinte
fica com o CPF “sujo”, o que pode lhe impedir de empréstimos, tirar
passaportes, obter certidão negativa para venda ou aluguel de imóvel e até
prestar concurso público até a regularização da situação.
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