Militantes islâmicos classificaram imagens como 'ato de barbárie'.
Investigação sobre o caso está em curso, disse porta-voz militar dos EUA.
O Pentágono afirmou nesta quinta-feira (12) que não há dúvidas sobre a autenticidade do vídeo que mostra o que seriam fuzileiros navais urinando sobre cadáveres de talibãs mortos no Afeganistão.
"Não temos nenhuma indicação de que não seja autêntico", disse o capitão John Kirby, porta-voz das Forças Armadas dos Estados Unidos
"Certamente nos parece ser nossos homens, militares urinando em cadáveres. Mas há um processo de investigação. Precisamos deixar ele ir adiante para determinar todos os fatos sobre o caso."
'Barbárie'
Os talibãs denunciaram como um "ato de barbárie" o vídeo.
"Nos últimos 10 anos, aconteceram centenas de atos similares que não foram revelados", afirmou à France Presse Zabihullah Mujahed, porta-voz dos talibãs, que lutam há 10 anos contra o governo do Afeganistão e seus aliados da força da Otan, dirigida pelos Estados Unidos.
Imagem de vídeo mostra os soldados que
estariam desrespeitando corpos de
militantes (Foto: Reprodução de vídeo)
Na quarta-feira, o corpo de infantaria da Marinha dos Estados Unidos anunciou ter iniciado uma investigação sobre o vídeo amador divulgado na internet e, ao que parece, filmado durante uma operação no Afeganistão.estariam desrespeitando corpos de
militantes (Foto: Reprodução de vídeo)
Nas imagens (veja uma cópia na internet) aparecem quatro homens com uniformes militares americanos que urinam sobre três cadáveres ensanguentados, conscientes de que outra pessoa está filmando.
Também é possível ouvir um deles dizendo "tenha um bom-dia companheiro" para o corpo sobre o qual urina.
Este tipo de comportamento é punido pelo código de justiça militar, afirmou uma fonte militar em Washington.
De acordo com a mesma fonte, o tipo de capacete e a arma de um dos homens parecem indicar, caso a autenticidade do vídeo seja confirmada, que se trata de um grupo de franco-atiradores.
As imagens do que parece ser um ato isolado podem fazer o mundo muçulmano recordar do escândalo de Abu Ghraib em 2004, quando imagens de prisioneiros iraquianos humilhados por militares americanos deram a volta ao mundo.
Segundo o Conselho para as Relações Americana-Islâmicas, principal associação muçulmana americana, as imagens colocam em risco outros soldados e civis afegãos.
Nos últimos anos, vários casos similares de suposta profanação por soldados (boatos de exemplares do Alcorão jogados no vaso sanitário, por exemplo) ou por jornais ocidentais (caricaturas de Maomé) provocaram revolta no Afeganistão e manifestações violentas que provocaram mortes.
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