Juiz afirma que Dotcom tem 'determinação e recursos' para fugir.
Advogados dizem que fundador está decepcionado com a decisão.
Kim Dotcom, fundador do site Megaupload, é preso
em Auckland, na Nova Zelândia (Foto: AFP/TV3)
em Auckland, na Nova Zelândia (Foto: AFP/TV3)
Um juiz da Nova Zelândia determinou que Kim Dotcom, o fundador do site de compartilhamento de arquivos Megauplod, ficará sob custódia por mais um mês nesta quarta-feira (25). Ele afirmou que o acusado tem um risco significante de fuga.
Kim, que é alemão e também é conhecido como Kim Schmitz e Kim Tim Jim Vestor, ficará preso ao menos até o dia 22 de fevereiro. Haverá uma audiência sobre a possível extradição dele para os Estados Unidos.
Os promotores afirmam que Dotcom era o líder de um grupo que teria arrecadado US$ 175 milhões desde 2005 possibilitando a cópia e distribuição de músicas, filmes e outros conteúdos protegidos por direitos autorais. Os advogados do fundador do Megaupload dizem que a companhia apenas oferecia espaço on-line para armazenamento e que ele irá lutar contra a extradição.
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O juiz afirmou que havia risco significativo de que Dotcom, que tem passaportes e contas bancárias em três nomes, poderia tentar sair da Nova Zelândia. “Ele tem determinação e dinheiro suficientes”, afirmou David McNaughton, o juiz.
Dotcom, de 38 anos, e três outros executivos foram presos na sexta-feira (20) depois que 70 policiais da Nova Zelândia chegaram à sua casa a pedido do FBI. O fundador do Megaupload mora na mansão mais cara da Nova Zelândia.
O suspeito, vestido com a mesma roupa que vestia quando foi preso, não mostrou nenhuma emoção quando a decisão foi lida, mas seu advogado disse que ele estava “muito decepcionado” e iria recorrer da decisão.
“O juiz concordou em muitos dos fatores que nós levantamos, mas ele teve uma visão diferente na questão do risco de fuga”, afirmou Paul Davison, o advogado.
O Megaupload era único não somente pelo volume grande de download que possibilitava, mas pelo apoio que tinha de celebridades conhecidas e músicos, que geralmente são vistos como as vítimas da violação das leis antipirataria. Antes de ser tirado do ar, o site trazia o apoio de nomes como a socialite Kim Kardashian e os músicos Alicia Keys e Kanye West –as celebridades chegaram a gravar um vídeo de apoio à companhia, mas as imagens foram tiradas do ar pelas gravadoras.
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