Segundo ele, ela poderá ser punida por uma suspensão de até 90 dias.
Exames comprovam lesões na delegada e no policial militar que a abordou.
A delegada Daniela Rebelo, que foi detida na madrugada de domingo (22) após ser abordada por um agente de uma blitz da Operação Lei Seca, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, será ouvida na tarde desta quarta-feira (25) na Corregedoria da Polícia Civil.
A Corregedoria abriu sindicância para apurar o comportamento da delegada, flagrada numa blitz da Lei Seca com a carteira de habilitação vencida e o IPVA atrasado.
De acordo com o corregedor Gilson Emiliano, a delegada pode ser punida com uma suspensão de até 90 dias. E o caso também será investigado pela Corregedoria Geral Unificada, em virtude do envolvimento de um policial militar.
"As circunstâncias do fato serão esclarecidas a partir do depoimento da delegada perante o órgão disciplinar, sendo certo que, se for comprovada a inexistência de habilitação para dirigir em virtude do vencimento da CNH, se for comprovado que ela não fez as vistorias regulares no veículo, esse comportamento, por si só, em tese, viola o código de ética, na medida em que compete ao cidadão, ao policial, preservar a confiança e o apreço de seus concidadãos por uma conduta irrepreensível na vida pública e privada", explicou o corregedor. "Esta violação ao código de ética já dá uma punição entre 41 a 90 dias".
Durante a blitz, houve uma confusão entre a delegada e o policial militar que a abordou. Exames comprovaram que ela ficou com escoriações nos pulsos e que havia um arranhão no pescoço do policial.
Em depoimento à polícia, a delegada disse que não havia consumido bebida alcoólica nem tinha se recusado a fazer o teste do bafômetro. O policial militar que participava da ação será investigado por desacato, abuso de poder e lesão corporal, já que a delegada ficou ferida ao ser algemada.
Daniela recebeu duas multas gravíssimas, que somam mais 14 pontos aos 104 pontos de infração que ela já tem em sua carteira de motorista. Uma multa é de R$ 957 por se recusar a fazer o teste do bafômetro e a outra é de R$ 191 por dirigir com a carteira de habilitação vencida.
Segundo o Detran, a carteira de habilitação da delegada venceu em 24 de janeiro do ano passado e o IPVA está atrasado desde 2009.
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