Por Arnold Coelho Jornalista MTB 6446/BA
É engraçado iniciar um texto com um título fazendo apologia à dor. O ser humano ainda não entendeu o sentido da dor. Geralmente encaramos a dor como um ‘castigo divino’ ou o pagamento por algo de errado que fizemos nessa ou em outras vidas - a depender da religião ou doutrina que você segue.
De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a um dano tecidual real ou potencial, e pode ser aguda ou crônica.
Eu, dentro da minha ignorância intelectual, vejo a dor como o remédio para curar o espírito e a alma. A dor te mostra (de uma forma crua) o quanto você é insignificante, pequeno e incapaz de dominar o seu próprio corpo. Ela chega, te esmaga, te coloca no seu verdadeiro lugar e te mostra que você não é melhor que ninguém, que não viverá para sempre e que tudo nessa vida é passageiro.
Por outro lado, a dor pode te deixar um ser humano melhor. Pode abrir os teus olhos para um mundo doente que precisa de ajuda. Essa experiência sensorial e emocional desagradável, que todo ser humano tem com uma certa frequência, pode te arrancar a arrogância, a prepotência, a soberba, a ganância e te despertar o amor ao próximo, a busca por uma vida saudável e a comunhão com Deus e o seu semelhante.
Semana passada eu sofri um pequeno acidente doméstico e me lesionei, o que tem me causado dores frequentes no quadril, próximo a lombar. Os primeiros dois dias foram terríveis, mas graças a Deus (é importante deixar claro que digo Deus, pois sou Cristão), com remédio, sessões de gelo, alimento e descanso, eu melhorei (tô quase bom).
Os dias de dores me mostraram que somos frágeis e sem prazo de validade, que estamos nesse planeta passando uma ‘chuva’ e em algum momento vamos sentir uma última dor e partir, deixando apenas lembranças e ações boas ou ruins. Por isso, saiba aprender com a dor e se torne uma pessoa melhor aos olhos do seu Criador.
Arnold Coelho
Um ser humano frágil e que sente dor
Nenhum comentário:
Postar um comentário