Primeira-dama, que vai atuar no 'Criança Feliz', terá gabinete no Planalto.
Iniciativa atenderá crianças com até 3 anos beneficiárias do Bolsa Família.
O presidente da República, Michel Temer, lançará às 10h desta quarta-feira (5), em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o programa Criança Feliz, que terá a primeira-dama, Marcela Temer, como embaixadora. Segundo a assessoria da Presidência, ela não será remunerada pelo trabalho.
ara acompanhar a iniciativa no governo federal, Marcela, 33 anos, terá um gabinete no terceiro andar do Planalto, no mesmo pavimento em que seu marido despacha.
Dois assessores do palácio chegaram a ser realocados de salas para abrir espaço para a primeira-dama no terceiro andar do prédio. A sala de Marcela tem vista para a Praça dos Três Poderes, onde estão localizados, além da sede do Executivo federal, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Como embaixadora do Criança Feliz, caberá à primeira-dama divulgar o programa e promover eventos e reuniões com estados e municípios.
Marcela deve discursar na cerimônia de lançamento do programa federal, sua primeira manifestação em público desde que o marido chegou ao comando do país. No pronunciamento, ela irá dar detalhes sobre o Criança Feliz.
A assessoria do Planalto, no entanto, já adiantou que a primeira-dama não irá conceder entrevistas no evento.
A primeira-dama é 42 anos mais jovem do queMichel Temer. Os dois se conheceram quando ela tinha 18 anos e ele, 60. O casal tem um filho: Michelzinho, de 7 anos.
Criança Feliz
O programa federal que terá Marcela Temer como embaixadora é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS). A iniciativa, de acordo com o governo, terá o objetivo de fortalecer políticas públicas para a primeira infância.
O programa federal que terá Marcela Temer como embaixadora é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS). A iniciativa, de acordo com o governo, terá o objetivo de fortalecer políticas públicas para a primeira infância.
O foco do programa serão as crianças de até 3 anos de idade cujas famílias são beneficiárias do Bolsa Família. A meta do Executivo federal é atender mais de 4 milhões de crianças em todo o país até 2018.
A ajuda às crianças beneficiadas pelo programa não será financeira, mas se dará por meio de visitas semanais de especialistas na residência das famílias atendidas. Todas as ações visam reduzir o baixo desenvolvimento e a mortalidade infantil.
Conforme o Ministério do Desenvolvimento Social, os especialistas que atuarão no Criança Feliz irão orientar os pais sobre atividades do dia a dia, como a forma correta de escovar os dentes dos filhos. Eles também vão alertar, segundo o governo, para datas de vacinações, sobre a importância de pesar as crianças, além de identificar bebês em situação de risco e violência.
De acordo com o ministério, o projeto vai contar com a ajuda multidisciplinar de centros de referência de assistência social, escolas e pedagogos.
O Criança Feliz tem como referência programas municipais de Pelotas (RS), Arapiraca (AL) e São Paulo (SP) voltados ao desenvolvimento infantil.
O projeto gaúcho Primeira Infância Melhor, uma das referência do programa federal que terá Marcela Temer como embaixadora, foi criado em 2003, quando o atual ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, era secretário de Saúde do governo do Rio Grande do Sul.
A iniciativa deverá seguir as diretrizes do Marco Legal da Primeira Infância, sancionado pela ex-presidente Dilma Rousseff em março deste ano.
Em abril deste ano, o Banco Mundial e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) anunciaram uma aliança para o desenvolvimento de crianças de até 5 anos. Na ocasião, as duas instituições afirmam que 159 milhões de crianças de até cinco anos no mundo estão raquíticas.Primeira infância
De acordo com pesquisas, os primeiros anos de vida dos bebês são fundamentais para o estímulo sensorial, psicológico e de aprendizagem. Para isso, é preciso um acompanhamento escolar e nutricional desde cedo.
Segundo a Unicef, estudos mostram que cada US$ 1 investido em políticas públicas para jovens de até seis anos pode dar um retorno entre US$ 6 e US$ 17 no futuro.
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