CÂMARA DE IBICARAÍ

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Expectativa de vida dos brasileiros sobe para 74,9 anos, diz IBGE

Em 2012, a esperança de vida era de 74,6 anos.

Se comparada há 10 anos, expectativa de vida cresceu em mais de 3 anos.

Cristiane Cardoso
Do G1 Rio
A expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para 74,9 anos em 2013, para ambos os sexos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Tábua Completa da Mortalidade 2013 - calculada pelo órgão - foi publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial da União.
A tabela, que mostra a expectativa de vida para todas as idades até 80 anos, apresentou um aumento de 3 meses e 25 dias em relação a 2012, quando a esperança de vida do brasileiro era de 74,6 anos. Mas, se comparada há dez anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou mais de três anos. Em 2003, era de 71,3 anos.
"É uma taxa estável porque a tábua de mortalidade está inserida no modelo de projeção de população e da mortalidade em que os ganhos não se alteram significativamente ano a ano. Então, nós podemos dizer que esses três meses, a próxima tábua, o ganho vai ser em torno de 3 meses e alguns dias", explicou Fernando Albuquerque, gerente do Projeto Componentes da Dinâmica Demográfica do IBGE.

A gente observa principalmente redução em dois grupos: crianças, mortalidade infantil, e mortalidade final, dos idosos, principalmente de 70 anos ou mais. Eram probabilidades relativamente altas em 1980", analisou o gerente.
Crianças e idosos
Na análise entre 1980 e 2013, no entanto, o especialista concluiu "que cada vez mais estamos postergando a velhice". No período, a expectativa de vida ao nascer passou de 62,5 anos para 74,9 anos, um aumento de 12,4 anos. “Aí sim podemos ver que os ganhos foram significativos".

De acordo com ele, a redução da mortalidade infantil está associada a melhorias ambientais e higiene pública. "Aumentou a proporção de domicílios com saneamento adequado”, analisou.
A diminuição da mortalidade entre idosos se deu pelo predomínio de mulheres na população idosa e do crescimento dos idosos mais velhos na composição da população brasileira, segundo o instituto.
"Tem toda a parte dos avanços médicos, farmacológicos, mas tem também os programas que vêm sendo implantados na atenção ao idoso. A aposentadoria rural é um fator importante, benefício de prestação continuada, que possibilida renda ao idoso para comprar seus medicamentos, o estatuto do idoso, que possibilita série de avanços no tratamento ao idoso. Esses são fatores que têm feito com a mortalidade da população de idosos tenha diminuido significativamente nos últimos anos", afirmou.
Ele acrescentou ainda que "aumentou o diferencial entre os sexos e em grande parte dessa diferença é proveniente da redução de fatos violentos, como homicídios e acidentes de trânsito”.
As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil são divulgadas todo ano pelo IBGE e são usadas pelo Ministério da Previdência para calcular aposentadorias. Os dados também permitem calcular a vida média para cada idade.
Mais expectativa em Santa Catarina
A unidade da federação com maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos em 2013 foi Santa Catarina, com 78,1 anos. O estado também apresentou a maior esperança de vida para mulheres (81,4 anos) e homens (74,7 anos). Nos estados do Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul, as mulheres também ultrapassaram a barreira dos 80 anos.

“Ainda existem diferenciais significativos entre as unidades da federação”, concluiu Fernando. "Em 1980 o Rio Grande do Sul detinha a menor taxa e Alagoas a maior. Com diferença de 12 anos”.
Santa Catarina também se destacou em relação à mortalidade infantil com a menor taxa observada, 10,1 por mil nascidos vivos. A maior taxa foi apresentada no Maranhão (24,7 mil). O mesmo ocorre na mortalidade na infância. Maranhão tem o maior resultado, com 28,2 mil e Santa Catarina a menor, 11,8 mil.
Entre 2012 e 2013, foram analisados aumentos na expectativa de vida em todas as idades e redução da mortalidade feminina dentro do período fértil (15 a 49 anos).
Jovens de 18 anos
A idade em que a probabilidade de morte não apresentou declínio significativo entre 1980 e 2013 foi de 18 anos para o sexo masculino.

“Concidentemente ou não, é a idade que tira a primeira habilitação. Seriam óbitos por causa de homicídio, suicídio, e principalmente acidentes de trânsito. São as principais causas”, afirmou Fernando Albuquerque. Em 1980, para cada mil jovens que atingiam os 18 anos, dois não completariam 19 anos, mesmo valor observado em 2013, segundo o IBGE.

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