CÂMARA DE IBICARAÍ

CÂMARA DE IBICARAÍ

domingo, 14 de dezembro de 2014

Momento de rara felicidade

 
Texto e fotos: Arnold Coelho

Admito que sempre olhei com certo preconceito o ballet. Hora por achar que é algo caro, burguês (e que foge à nossa realidade) e muitas vezes por achar ser mais uma "simples frescura". Nada como filhos (minha filha) para quebrar paradigmas e nos fazer enxergar certas coisas por outro ângulo.

Quando minha filha Gabriela viu pela primeira vez o ensaio da Tchu&Cia foi amor à primeira vista. Gabriela ficou encantada e sempre que podia nos cobrava. Perdi a conta das vezes que ela me disse que o sonho era fazer ballet. Cheguei a conseguir com Charles Henri (o Dindo Charles, como ele o chama) uma bolsa de estudos e nunca me interessei em colocá-la. Na verdade eu por vezes pensei mais em mim e na economia da casa do que na realização de um dos muitos sonhos da minha filha. Bem, a história é muito longa e não quero me alongar, por isso vou direto ao ponto. Criei coragem e ouvi os apelos da minha esposa Fátima e Gabriela e concordei em colocá-la nesse "bendito ballet"... rsrsrs.

Meses se passaram e muitas idas e vindas até a Tchu&Cia, e, enfim chegou a semana de ensaios finais com horas e mais horas de exaustivos ensaios. Ontem, sexta-feira, 12, saí de casa (pra variar, atrasado) ouvindo as reclamações da minha filha, que pela primeira vez resmungava que estávamos atrasados. Achei o máximo, pois ela é quem sempre atrasa nossas saídas. Cheguei meio peixe fora d'água e de cara já me encantei com toda a decoração e o glamour da festa.

Vou ter que admitir que mudei minha forma de pensar e fiquei encantado com o que vi. Moíra Gaspar e sua trupe me proporcionou uma noite de rara beleza. Ela conduziu de forma maestral, com a regência de Cláudia Dórea, e as presenças de Pedro Pires (Ballet Bolshoi), Felipe e Cosme, entre outros, um belíssimo espetáculo. Vocês podem até pensar: esse cara está exagerando. Mas digo com pureza da alma que o que vi ontem foi algo digno dos grandes espetáculos produzidos nas capitais. Por vezes me perguntei se estava em Ibicaraí e como era possível uma estrutura tão pequena, como a Tchu&Cia local produzir um show tão grandioso, com tantos componente e mais de 30 danças, além das coreografias e uma enorme infinidade de belíssimas fantasias?

Foram duas horas e meia de pura emoção e orgulho, pois, indiretamente, eu e todos os outros pais ajudaram no evento e minha filha e as demais bailarinas ajudaram de forma direta no sucesso desse espetáculo. Já estou aqui vivendo a emoção da minha filhota e me preparando para a segunda noite, sem nenhuma dúvida de que a noite de hoje será um novo show.

 




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