POR Arnold Coelho Jornalista MTB 0006446/BA
O domingo, 2 de novembro — feriado de Finados —, tradicionalmente um dia de reflexão e lembrança dos entes queridos que já partiram, foi vivido de forma diferente por um grupo que prefere celebrar a vida em movimento. A Turma da Caminhada promoveu mais uma bela jornada pela zona rural de Ibicaraí, reunindo cerca de 100 participantes, entre moradores locais e visitantes de outras cidades.
A caminhada saiu cedinho da Praça do Bairro Novo, seguindo pela estrada do Jacarandá até a região do Luxo, com destino final ao Sítio Cantinho da Paz, dos amigos Alvinho e Sueli. Pelo caminho, o grupo fez uma parada estratégica na famosa Bica do Jacarandá, onde todos aproveitaram para tomar um revigorante banho e recarregar as energias.
De lá, seguiram até o Ponto do Pequi, pegando um ramal que levou ao sítio — onde Alvinho e Sueli aguardavam com um café da manhã de encher os olhos (e o coração): cuscuz com ovo e carne frita, bolos, pão com presunto e queijo, banana-da-terra cozida, sucos e frutas variadas. Café esse cotizado pela turma.
Depois do café, veio o momento de contemplação. Conversas animadas, risadas, vídeos, selfies e o tradicional plantio de árvores, marca registrada da Turma da Caminhada. Só neste ano, o grupo já plantou e distribuiu cerca de 300 mudas, sempre cedidas pelo Horto Florestal da UESC — uma parceria que transforma cada passeio em uma ação ambiental concreta.
A etapa final da aventura, que totalizou cerca de 17 quilômetros, aconteceu pelo caminho do Assentamento Santa Maria, uma estrada cercada de mata e roças de cacau, passando pela Fazenda Sossego e chegando ao bairro Delfino Guedes (Mutirão).
A nota triste do percurso ficou por conta da grande quantidade de lixo plástico encontrado nas estradas. Na oportunidade recolhemos dois sacos de 100 litros cheios de garrafas plásticas. Identificamos pontos com garrafas de vidro e até carcaças de televisores abandonadas próximo ao Ponto do Pequi.
O alerta fica: o ser humano precisa compreender que sem natureza não há vida. Ou aprendemos a cuidar agora do planeta, ou em breve ele se tornará inviável para a nossa própria existência.
Arnold Coelho
Na natureza, só devemos deixar pegadas e o nosso estresse.
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