O Palácio do
Planalto ficou em alerta com a dura crítica do presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a ministros do governo e ao PMDB.
Rodrigo Maia
disse que os aliados do governo não podem "ficar levando facada nas costas".
"Se é
assim que eles querem tratar um aliado, eu não sei o que é ser
adversário", acrescentou Maia.
Interlocutores
do presidente Michel Temer ficaram preocupados com a decisão de Maia de
externar essa contrariedade.
A
preocupação no governo é que Maia fez a crítica pública no momento em que a
Câmara deve receber a segunda denúncia contra Temer.
Um
interlocutor de Temer chegou a lembrar que o fato gerador dessa insatisfação
aconteceu há duas semanas, quando o senador Romero Jucá, presidente do PMDB,
conseguiu filiar ao partido o senador Fernando Bezerra Coelho (ex-PSB).
O DEM
trabalha para receber dissidentes do PSB e aumentar a bancada do partido. Na
fala desta quarta, Maia atacou publicamente a postura do PMDB para
"reduzir" o crescimento do DEM.
O Planalto
está consciente de que, em véspera da votação da segunda denúncia, deve tentar
diminuir o clima de insatisfação dos aliados.
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