terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Fachin quer dar “a César o que é de César”

 


FONTE The News 

O novo presidente do STF quer implementar um código de conduta exclusivo para os tribunais superiores, algo que ainda não existe no Brasil. A ideia, inclusive, já teria irritado parte dos ministros do Supremo.

Explicando: Atualmente, o Código de Ética da Magistratura vale para juízes em geral, mas não alcança instâncias superiores como STF e STJ.

A proposta se inspira no modelo alemão, que coloca regras sobre atuação pública e relações externas dos ministros. Segundo o texto europeu:

  • Ministros podem receber por palestras e eventos, desde que isso não afete a imagem ou independência do tribunal;

  • Magistrados devem manter discrição em falas públicas, evitando opiniões políticas e comentários sobre processos em andamento;

  • A atuação deve ser imparcial, livre de pressões econômicas, sociais ou ideológicas.

Por que isso importa?

O STF vive uma fase de desgaste público. Nos últimos anos, cresceram as críticas sobre relação de ministros com empresários, eventos pagos e viagens patrocinadas.

O caso mais recente é o de Dias Toffoli, que viajou a Lima para assistir a final da Libertadores no mesmo jatinho em que estava o advogado do Master. Poucos dias depois, o ministro impôs sigilo total ao processo do banco, que é investigado por fraudes que podem chegar a R$ 12 bilhões.

No fim, o líder do STF quer impor um novo “manual de comportamento” para as figuras mais altas do Judiciário, deixando claro o recado de “ao direito, o que é do direito — à política, o que é da política”.

Se aprovado, o código pode se tornar um dos maiores movimentos de transparência e blindagem institucional da Justiça brasileira.


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