'Melhor em Casa' visa desafogar internações em hospitais do SUS.
Presidente disse que não pode 'esperar que os recursos caiam do céu'.
Comente agora
Em vídeo de aproximadamente 8 minutos gravado no Palácio da Alvorada, a presidente repetiu o discurso feito durante a cerimônia de lançamento ao dizer que o governo vai "lutar com toda a garra para que [as novas ações na saúde] tragam melhorias no atendimento à população".
Dilma reconheceu que a implantação dos programas "demanda tempo, dedicação e recursos", mas disse que a orientação do governo é a de aproveitar os recursos já disponíveis para a área.
"Temos uma orientação clara: fazer mais com o que temos e não ficarmos de braços cruzados esperando que os recursos caiam do céu. Para isso, vamos continuar a aperfeiçoar métodos, fiscalizar gastos, acabar com o desperdício e combater sem tréguas os desvios e os malfeitos", afirmou.
A presidente destacou que, nos primeiros 6 meses de governo, economizou mais de R$ 600 milhões com a "compra centralizada de medicamentos, um maior controle dos repasses e a realização de auditorias permanentes". Ela disse que medidas de maior controle na saúde serão ampliadas para fiscalizar a frequência e a permanência no trabalho dos profissionais da área.
SUS
Dilma defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo afirmou, "tem muito, mas muito mesmo o que avançar" e disse que o Brasil tem condições de aprimorar o sistema.
Destacou que o sistema "universal, público e gratuito" oferece 500 milhões de consultas médicas por ano. De acordo com os números apresentados no pronunciamento, 145 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS. Os hospitais públicos realizam 1 milhão de internações por mês e 3,2 bilhões de procedimentos ambulatoriais por ano.
"Sabemos muito bem da gigantesca tarefa que é fazer funcionar com qualidade e eficiência o modelo de gestão bastante significativo como é o SUS. Ele exige - como um sistema desse tipo mundialmente exige - elevados recursos humanos, financeiros e tecnológicos", declarou.
Programas
Pelo programa "Melhor em Casa" pacientes receberão um leito hospitalar e equipamentos médicos para serem usados em casa. Quando esses equipamentos precisarem de energia elétrica, a residência terá isenção total na tarifa de eletricidade necessária para eles.
O financiamento das equipes que vão atender nas casas será feito integralmente pelo Ministério da Saúde. Até agora, 110 grupos de atendimento auxiliar já estão habilitados.
Segundo a presidente, o SOS Emergência é "um desafio e tanto". Ela disse que o governo não concorda com o argumento de que investir em pronto-atendimento é como "enxugar gelo". "Vamos intervir de forma gradativa, porém decisiva onde muito governos evitam assumir responsabilidade direta: o atendimento público de emergência, os pronto-socorros", afirmou.
O SOS Emergências vai interferir na gestão hospitalar em atendimento a emergências de todo país. O investimento deverá ser de até R$ 3,6 milhões e contará com participação de instituições filantrópicas de excelência, que devem servir ao SUS na capacitação das equipes.
Entre os objetivos do projeto, estão o acolhimento e a classificação de risco adequada dos pacientes que chegam aos centros médicos em estado de emergência, além da gestão de leitos e do fluxo de internações. Até 2014, segundo anunciou a presidente, os 40 maiores pronto-socorros do país deverão ser inseridos no programa.
Tanto o programa Melhor em Casa como o SOS Emergências serão integrados a redes de atenção básica e de urgências já existentes no Brasil como o Saúde Toda Hora e Saúde Mais Perto de Você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário