CÂMARA DE IBICARAÍ

CÂMARA DE IBICARAÍ

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Dia para Comemorar

Dia para comemorar

Quantas batalhas vencemos juntos, eu e você, você e eu. Crescemos juntos (irmãos de sangue), amigos, e, principalmente, colegas de brincadeiras, brigas e aventuras. Dividíamos o quarto (quando tinha quarto), o chulé (rsrsrs), pois dividíamos a mesma cama (quando tinha cama), e muitas vezes o mesmo pão. Quantas vezes dividimos o mesmo e único pão no café da manhã... Tinha dia que o café servia para o dia; e o dia se tornava longo com aquela mísera banda de pão, que completávamos com um bom copo de café com farinha.
Estudar, nunca estudamos, passamos poucas vezes por algumas salas de aula. O que aprendemos foi na faculdade da vida. Você sempre me acompanhando. Onde eu ia você tava 'colado', sempre querendo me ajudar, e arrumando encrenca (você sempre foi bom pra arrumar briga), e eu sempre apartando a confusão.
Começamos a trabalhar cedo, lavando carros na beira do Rio Cachoeira (bons tempos). Naquela época tudo era lucro. Nós éramos ajudantes de lavador de carros... isso mesmo: ajudante! Pra ser lavador tinha que ter tempo de 'beira de rio', experiência e coragem para disputar espaço com mais de 20 lavadores, e muitas vezes brigar pelo novo cliente que aparecia. Nós só assistíamos tudo e ficávamos na espera, torcendo para ser chamado para ajudar. Ao fim de um dia de trabalho (e um pouco de sorte) conseguíamos 'ajuntar' o suficiente para comprar algumas bobagens e o alimento do dia seguinte. O tempo era bom, mas era tempo de muita pobreza.
Eu, por ser mais velho, comecei cedo no comércio; em seguida, escritório de arquitetura, agência de propaganda e finalmente gráfica (onde descobri que seria gráfico). Você veio na sequência. Menino novo e casado, precisando trabalhar. Acabei levando-o para me ajudar no setor de arte, o que nunca aconteceu, pois para chegar na arte precisava passar pelo fotolito (e você ficou encantado por aquele setor). Não forcei a barra e deixei você lá. Eu mesmo pagava para você aprender e dividíamos uma lata de 'leite Ninho' cheia de feijão, farinha e ovo frito no horário de almoço.
Tempos depois fomos trabalhar em São Paulo, já adultos, casados, com filho pra criar e cheios de sonhos... Passamos muitos perrengues em Sampa - mas essa é uma outra parte da nossa história que eu contarei em uma outra ocasião ou no seu próximo aniversário, meu irmão Tadeu.
Tadeu, quis relembrar um pouco da nossa infância e parte da nossa vida só para te lembrar que somos vencedores, pois continuamos aqui, vivos, fazendo aniversários e lembrando do passado.
Parabéns, meu irmão! Te amo muito!
Muita saúde, paz, felicidade, trabalho, conquistas e muuuuuiiittttooooossss anos de vida!!!
Arnold Coelho
Seu irmão

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