CÂMARA DE IBICARAÍ

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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Após retirada de sigilo, Cardozo quer áudios de Machado no impeachment

Defesa da presidente afastada diz que gravações provam “desvio de poder”.

Comissão especial e presidente do STF já negaram inclusão anteriormente.


Gustavo Garcia
Do G1, em Brasília
O advogado da presidente afastada Dilma RousseffJosé Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira (16) que vai pedir novamente a inclusão dos áudios da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado no processo de impeachment da petista. Segundo ele, com a retirada do sigilo, o conteúdo poderia ser incorporado.
A colaboração premiada de Sérgio Machado se tornou pública nesta quarta (15) após decisão do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki.
Nos depoimentos, Machado diz que repassou dinheiro de propina a mais de 20 políticos, de seis partidos. Segundo ele, os repasses eram feitos como doações eleitorais oficiais, mas alguns políticos também receberam dinheiro em espécie. Os valores eram pagos por empresas que tinham contratos com a estatal do petróleo. Os políticos negam terem recebido dinheiro ilegal.

Machado também gravou conversas telefônicas com os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e com o ex-presidente José Sarney. Em um dos áudios, que foram incorporados à delação, Jucá sugere um pacto da classe política para "estancar a sangria" causada pela Operação Lava Jato.
A defesa de Dilma já havia solicitado a inclusão dos áudios, mas teve o pedido negado tanto pela comissão especial do Senado quanto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que atua como instância superior do processo de impeachment.
O ex-advogado-geral da União ressaltou que Lewandowski negou a inclusão dos áudios porque eles estavam sob sigilo, mas como eles se tornaram públicos, agora poderiam fazer parte do processo.
“Nós vamos verificar se todos esses áudios estão sob sigilo ou não. O presidente Lewandowski, quando decidiu não aceitar o nosso recurso, disse que os áudios estavam sob sigilo. Nós vamos consultar a Procuradoria-geral da República (PGR) para verificar se há uma liberação total dos áudios e aí solicitar que esses áudios sejam encaminhados à comissão especial”, disse.

Cardozo afirmou que vai pedir a inclusão das gravações da delação porque elas provam que houve desvio de poder na abertura do processo de impeachment. Para ele, a real finalidade do processo seria barrar investigações da Lava Jato.
“Esses áudios mostram a tese que alegamos, desde o início, de que há desvio de poder. De que na verdade não existe nada contra a presidente Dilma Rousseff. Que o que se queria com o impedimento da presidente era parar todo e qualquer tipo de investigação”, disse ele.

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