CÂMARA DE IBICARAÍ

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Esquerda aprova moção, e governo de Passos Coelho cai em Portugal

Primeiro-ministro venceu eleições de 4 de outubro.

No entanto, esquerda conta com maioria absoluta no Parlamento.

Do G1, em São Paulo
O premiê de Portugal, Pedro Passos Coelho, é visto durante debate do Parlamento do país, em Lisboa, nesta terça-feira (10) (Foto: Patricia De Melo Moreira/AFP)O premiê de Portugal, Pedro Passos Coelho, é visto durante debate do Parlamento do país, em Lisboa, nesta terça-feira (10) (Foto: Patricia De Melo Moreira/AFP)
A esquerda portuguesa aprovou nesta terça-feira (10) uma moção de rejeição com a qual derrubou o governo do primeiro-ministro conservador Pedro Passos Coelho.
A moção foi aprovada por 123 votos a favor e 107 contra, anunciou o presidente da Assembleia Nacional, o socialista Eduardo Ferro Rodrigues, ao término da votação com a qual se encerrou o debate parlamentar sobre o programa do Executivo de centro-direita.
Como estava previsto, sua queda acontece apenas 11 dias após tomar posse, graças à aliança de socialistas com marxistas e comunistas, que juntos contam com maioria absoluta na câmara, com 122 cadeiras das 230 do Parlamento.
Passos Coelho deixa tribuna após sua última intervenção na sessão em que seu governo foi derrubado (Foto: Patricia de Melo Moreira)Passos Coelho deixa tribuna após sua última intervenção na sessão em que seu governo foi derrubado (Foto: Patricia de Melo Moreira)
Passos Coelho ganhou as eleições do último dia 4 de outubro com cerca de 39% dos votos, seis pontos a mais que o segundo colocado, o líder socialista António Costa, uma vitória insuficiente para revalidar a maioria com a qual contou na legislatura anterior.

Mas a coalizão de direita do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, no poder desde 2011, perdeu a maioria absoluta depois de adotar uma impopular política de austeridade por quatro anos.

O comitê central do Partido Comunista português aprovou no domingo a formação de um governo socialista, apoiado pela união de esquerda durante "uma legislatura de quatro anos".
A comissão nacional do Partido Socialista, uma instância interna, aprovou no sábado o programa de governo apresentado por seu líder, Antonio Costa, fruto das negociações com os comunistas, com o Bloco de Esquerda e com os Verdes.

Costa criticou o governo por ser “submisso” em relação ao restante da Europa e por fazer mais corte do que os exigidos de credores. “Portugal quer mudança”, disse ele.

Parlamento de Portugal se reúne nesta terça-feira para votar a moção de rejeição do governo apresentada pelo coalizão de esquerda (Foto: AP Photo/Armando Franca)Parlamento de Portugal se reúne nesta terça-feira para votar a moção de rejeição do governo apresentada pelo coalizão de esquerda (Foto: AP Photo/Armando Franca)
Espera-se que nas próximas semanas ele se torne o novo primeiro-ministro de Portugal, segundo reporta a agência Associated Press.

O presidente português Anibal Cavaco Silva, chefe de estado que não tem poder executivo, deverá consultar os partidos políticos nos próximos dias antes de decidir se convidará Costa a formar um novo governo ou se nomeará um governo interino. Mas especialistas acreditam que isso é improvável, de acordo com a agência Associated Press.

Protestos
Enquanto no interior do plenário a oposição derrubava o governo, duas manifestações díspares aconteciam às portas do parlamento, uma em apoio dos conservadores e outro favorável aos grupos de esquerda.

Milhares de pessoas se juntaram na região, separadas por um corredor de segurança e atentamente vigiadas pela polícia, que reforçou o esquema de segurança para evitar incidentes.

O protesto convocado por membros dos partidos de centro-direita dirigiu suas críticas contra o líder socialista, António Costa, que se postula como o próximo primeiro-ministro, e lhe acusou de liderar um ataque contra os legítimos ganhadores das eleições.

Do outro lado, manifestantes reunidos pelo maior sindicato do país, a CGTP (de orientação comunista), mostraram seu respaldo a um acordo de esquerda que ponha fim à austeridade.

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