Aeroviários afirmam que entrarão em greve a partir das 23h.
Infraero não diz se os atrasos tem alguma relação com manifestação.
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O aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, registrou atraso superior a 30 minutos em 25% dos 32 voos programados para a manhã desta quinta-feira (22), de acordo com o balanço das 8h da Infraero. Um voo foi cancelado até este horário. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo afirma que funcionários faziam uma paralisação esta manhã. No entanto, a Infraero não afirma que os atrasos tenham alguma relação com o protesto.
A categoria afirma que entrará em greve a partir das 23h. Nesta manhã, os aeroviários faziam uma manifestação no aeroporto. “Cerca de 50 funcionários da TAM estão parados, o que atrasa o serviço de bagagem”, afirmou Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo.
Em nota, a TAM informou que houve uma paralisação parcial de funcionários no setor de rampa – responsáveis pelo manuseio de bagagens e pelos equipamentos que atendem as aeronaves no solo. Por isso, houve cancelamento e atraso de voos.
“A companhia já tomou medidas para reforçar sua equipe para normalizar as operações o mais rapidamente possível”, diz a nota. “Os passageiros da companhia podem ligar para a Central de Atendimento (4002-5700, capitais, ou 0800 5705700, para todo o Brasil) para obter informações sobre seu voo. A TAM lamenta os transtornos experimentados pelos clientes.
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Na tarde desta quinta, acontecerá uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em São Paulo. Na quarta-feira (21), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que, caso a greve dos aeronautas e aeroviários prevista para ter início nesta quinta-feira venha a ocorrer, as categorias deverão manter pelo menos 80% dos trabalhadores em atividade nas vésperas de Natal e do revéillon (dias 23, 24, 29, 30 e 31), e 60% após as festas de final de ano.
Negociações
Aeronautas e aeroviários afirmam que vão entrar em greve a partir das 23h de quinta-feira. Inicialmente, eles pediam um reajuste salarial de 10%. No decorrer das negociações, entretanto, ambas as categorias concordaram que poderiam baixar o pedido para um reajuste de 7%, desde que o vale refeição e a cesta básica sejam reajustados em 10% (o que as companhias aéreas concordaram). O que emperrou as tratativas foi que depois as empresas aéreas aceitaram somente um reajuste de 6,17% - relativo à variação do INPC - uma diferença de 0,83%.
Em audiência pública realizada na segunda-feira no TST, aeronautas e aeroviários representados pela Fentac não chegaram a um acordo com as companhias aéreas em relação ao reajuste salarial.
Em comunicado, as empresas afirmaram que, caso os sindicatos insistam na greve, "buscarão reduzir seus efeitos sobre a população cancelando folgas e convocando empregados dispostos a garantir pleno atendimento a seus clientes".
Em nota, a Secretaria de Aviação Civil informou que está acompanhando diariamente o processo de negociação. "O governo acredita que o diálogo é um caminho privilegiado, e que o bom senso e a responsabilidade prevalecerão", destacou.
AssembleiasNa tarde de quinta-feira, está prevista a realização de assembleias dos sindicatos de aeroviários para avaliar o andamento das negociações com as empresas aéreas.
"Na avaliação da direção da Fentac/CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil), a interlocução com os empresários tem sido positiva e seguirá acontecendo entre hoje e amanhã, podendo resultar em um avanço nas propostas até a realização das assembleias", afirma a Fentac em nota.
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