Realmente a visita do presidente americano Barack Obama e a família imperial ao Brasil, não nos disse, nem nos deixou nada de concreto a nível de melhoria de relacionamento e desenvolvimento político-comercial-tecnológico. Trouxe mais simbolismo do que objetivos estratégicos. Fiacaram no ar perspectivas de se vir a firmar acordos importantes no futuro. Pergunta-se o que Obama veio, afinal fazer no Brasil? Se veio falar para o povo, não falou, pois o comício-aberto na Cinelândia foi cancelado. Falou para apenas dois mil convidados especiais no teatro municipal do Rio. O povo tambem não parecia interessado em ouvi-lo, pois nas ruas houve protestos e prisões, provavelmente ainda restam ressentimentos da era de chumbo de George Bush. Obama na verdade não mudou nada no mundo em que prometeu mudanças imediatas. As guerras continuam e as prisões especiais e maus tratos, tambem - Guantanamo, e embargos a Cuba, por exemplo. Obama não veio para falar com o povo, pois seu enorme aparato de segurança o separa mais ainda das pessoas. Até os nossos ministros de estado foram revistados em Brasília. Como já disse, não houve carinho do povo, mas sim violência nas ruas. Agradou simbolicamente nossa presidente, mas não acenou com interêsse de buscar solucões para as pendências comerciais entre os dois países, e não está disposto a reduzir as barreiras. Quanto a uma cadeira para o Brasil no Conselho da ONU, ficou em cima do muro. E o governo brasileiro, evidentemente com receios, só se manifestou sobre a guerra na Líbia, após a partida de Obama. Fala-se que no fundo, Obama veio ao Brasil para elogiar o país, a presidente, o povo, e buscar fontes de energia - petróleo e etanol. A mesma busca que tem levado os EUA às guerras de Afeganistão, Iraque e agora a Líbia. Os colonizadores fizeram o seu papel de ilustres visitantes, inclusive às favelas cariocas. Enfim, a visita foi vazia, diante de tantos assuntos que poderiam ter sido tratados, mas a mídia cobriu tudo e a transformou em um grande evento festivo de final de semana.
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