A Azaléia é responsável por 19 mil postos de trabalho do polo de calçados da Bahia e enfrenta concorrência desleal dos produtos asiáticos, cujos preços são muito baixos |
João Pedro Pitombo
Os efeitos da acirrada concorrência com o mercado asiático começaram a ser sentidos no pólo calçadista baiano. Principal indústria do segmento da Bahia, a Vulcabrás Azaléia, em Itapetinga, tem enfrentado dificuldades para competir nos mercados interno e externo e, desde novembro do ano passado, demitiu cerca de 1,4 mil trabalhadores, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores de Calçados de Itapetinga e Região.
Desde o início deste mês, os trabalhadores estão em férias coletivas. O temor da Central Única que participa das negociações é que haja novas demissões no retorno das atividades, previsto para o mês de abril. “Nos temos informações de que o objetivo da empresa é chegar a 4 mil demissões”, afirma o presidente da CUT-BA Martiniano Costa.
Atualmente a empresa é responsável pelos empregos de 19 mil funcionários na Bahia. “Estamos preocupados com a possível perda de mais postos de trabalho. Mais demissões vão representar um forte baque na economia nos municípios da região” afirma James Santos Alves, diretor administrativo do sindicato.
O presidente do sindicato das Industrias de Calçados e Componentes do Estado da Bahia, Haroldo Ferreira, alega que a situação da Azaléia é atípica e não representa o cenário de todo o setor na Bahia.
Fonte: Jornal A Tarde
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