CÂMARA DE IBICARAÍ

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domingo, 9 de junho de 2013

Mãe e namorada de corintiano solto o esperam com lasanha e camisa

Danilo Oliveira é um dos 7 torcedores soltos, suspeitos de matar boliviano.
Ele e colegas são aguardados neste domingo em Guarulhos, Grande SP.

Roney Domingos Do G1 São Paulo, em Guarulhos

Parentes de corintiano Tadeu o aguardam em Cumbica com camiseta feita em sua homenagem e da avó dele, que morreu recentemente (Foto: Roney Domingos / G1)Parentes de corintiano Tadeu o aguardam em Cumbica com camiseta feita em sua homenagem e da avó dele, que morreu recentemente (Foto: Roney Domingos / G1)
Lucimara Vital Silva de Oliveira e Uiara Cristina dos Santos, respectivamente mãe e namorada de Danilo, um dos sete corintianos que foram soltos neste semana após mais de cem dias presos na Bolívia suspeitos da morte de um boliviano, aguardavam, por volta das 12h30 deste domingo (9), o desembarque do filho e de seus colegas no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O horário previsto da chegada do grupo é 13h25. Outros cinco corintianos continuam presos em Oruro.

Assim como os cerca de dez parentes dos demais torcedores do Corinthians que retornarão ao Brasil, Lucimara e Uiara também esperavam ansiosas pela chegada de Danilo, que não veem desde fevereiro. No total, 12 corintianos haviam sido presos no dia 20 daquele mês sob suspeita de autoria e cumplicidade no disparo de um sinalizador que matou o torcedor boliviano Kevin Espada, de 14 anos, no jogo entre Corinthians e San José, pela Libertadores, na Bolívia. Todos negam envolvimento no crime.

A mãe de Danilo afirmou ao G1 que já deixou a comida favorita do filho pronta. “Preparei uma lasanha e deixei o refrigerante gelado para ele”, disse Lucimara.

“Eu penso em dar uma camisa nova do Corinthians para ele”, falou Uiara sobre o presente que pretende dar a Danilo no dia dos namorados.

Segundo a mãe a namorada de Danilo disseram à equipe de reportagem a ausência dele modificou completamente a vida delas e de toda a família do torcedor. “Nossa vida mudou. Foi Deus quem nos ajudou a superar isso”, afirmou Lucimara, em coro com Uiara.

O motorista Luiz Fernando Macedo Andrade foi a Cumbica com uma camiseta feita especialmente para esperar o corintiano Tadeu. Nela está estampada a foto do torcedor ao lado da avó, Maria dos Anjos. Ela morreu na quarta-feira, aos 84 anos, um dia antes de o corintiano saber que seria solto. "Nos falávamos para ela que ele estava viajando", disse Luiz.
Namorada de corintiano solto diz que pretende dar uma camisa nova do Corinthians para ele (Foto: Roney Domingos / G1) 
Uiara, namorada do corintiano Danilo, diz que
pretende dar uma camisa nova do Corinthians para
ele (Foto: Roney Domingos / G1)
Soltos
Os corintianos soltos são: Tadeu Macedo Andrade, Rafael Machado Castilho Araújo, Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, Cléber de Souza, Danilo Silva de Oliveira, Hugo Nonato e Fábio Neves Domingos. Eles deixaram a prisão na quinta-feira (6) por decisão da Justiça boliviana, após mais de cem dias detidos em Oruro.

Outros cinco torcedores do Corinthians continuam na penitenciária San Pedro, em Oruro. A situação destes deverá ser definida até o fim do mês. O pedido de liberdade teria sido feito pela defesa. Continuam detidos: Leandro Silva de Oliveira, Reginaldo Coelho, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefeire e Cleuter Barreto Barros.

Prisão
Davi Gebara, advogado da Gaviões da Fiel, uma das torcidas organizadas do Corinthians, comentou em Guarulhos que o retorno dos sete corintianos ao Brasil é bem vindo, mas não há motivos para comemoração. “Não tem motivo de festa. Mesmo porque tem uma vítima e cinco corintianos continuam presos”.

Em depoimento prestado no Consulado da Bolívia em São Paulo, um adolescente de 17 anos, integrante da Gaviões, confessou ter sido o autor do disparo do artefato que matou Kevin. O menor brasileiro deverá ser responsabilizado pelo assassinato do boliviano.

De acordo com Ricardo Cabral, advogado desse menor, o depoimento dele foi fundamental para a libertação dos sete corintianos que estavam presos na Bolívia. “Sem dúvida, foi importante”, disse o defensor, que também estava em Cumbica.

Cabral também comentou a investigação que está sendo feita no país vizinho sobre a morte de Kevin Espada.  “O Ministério Público da Bolívia não conseguiu mostrar ainda se o disparo feito pelo menor causou a morte de Kevin Espada. Ainda não é possível saber se o Ministério Público brasileiro vai abrir procedimento contra o menor no Brasil”, declarou.

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