CÂMARA DE IBICARAÍ

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Polícia diz que brasileira morta em Portugal colocou fogo em quarto

Segundo as investigações, ela se trancou com os filhos e jogou gasolina.
Dois adolescentes também morreram; caso aconteceu em Castro Marim.

Juliana Cardilli Do G1, em São Paulo

A Polícia portuguesa afirmou nesta quinta-feira (23) que a brasileira Luciana Pinheiro, morta em um incêndio junto com os dois filhos em Castro Marim, Portugal, colocou fogo em um quarto da casa onde estava. Segundo o diretor da área sul da Polícia Judiciária, Luís Mota Carmo, ela se trancou no cômodo com os filhos, espalhou combustível e ateou fogo. O caso aconteceu por volta das 10h (6h no horário de Brasília) desta quarta-feira (22).
“O que vimos foi que a mulher se trancou dentro de um quarto, ela e os filhos. Tinha um combustível com ela, que presumo ser gasolina. Ela espalhou pelos móveis do quarto e pela cama e depois ateou fogo”, disse Carmo ao G1. Além de Luciana, morreram no incêndio a filha dela, de 10 anos, e um filho, de 13 anos. Os três corpos foram encontrados no quarto.
Segundo Carmo, Luciana possuía um histórico de depressão. “O que conseguimos recolher é que ela tinha esse histórico e já teria algumas vezes manifestado a intenção de se suicidar.”
A polícia ainda não conseguiu falar com o marido de Luciana, que também é brasileiro. Ele havia saído de casa por volta das 8h para trabalhar no dia do incêndio. Segundo Carmo, o homem está muito abalado. Outras pessoas estão sendo ouvidas por investigadores. Segundo relatos recolhidos pela polícia, vizinhos da família ouviram gritos de um menino antes do incêndio.
A polícia aguarda o resultado das autópsias e dos relatórios da Polícia Científica para poder dissipar qualquer dúvida e encerrar o processo. A cidade de Castro Marim fica na região do Algarve, sul de Portugal. Luciana era dentista, proprietária de uma clínica dentária em Vila Real de Santo António e residia em um condomínio na Quinta do Sobral.
Consulado
O cônsul do Brasil em Faro, Portugal, embaixador Manoel Inocêncio, disse nesta quinta-feira (23) que ainda não foi procurado pela família, mas que o consulado dará toda a assistência necessária. “É uma tragédia. Ninguém da família entrou em contato, o que é natural. Tudo o que nós sabemos é o que estamos vendo pela imprensa. É natural que o marido esteja bastante abalado com essa história”, afirmou.
“Não há nada que possamos fazer enquanto a família não nos acionar. A família que vai decidir se vai transportar os corpos para o Brasil. Vamos agir de acordo com o que eles quiserem, dar toda a assistência”, disse o embaixador.
Em entrevista à EPTV, a família da dentista disse que transportará os corpos para o Brasil e realizará o enterro em Cristais Paulista (SP), cidade natal da vítima.
Uma prima de Luciana, Osair Célia Pinheiro, disse que a mulher saiu do país há cerca de 15 anos, após se formar em Odontologia e se casar com o atual marido.

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